Barcos largam para a maior e mais difícil etapa da The Ocean Race até Itajaí

A maior e mais difícil etapa da história da The Ocean Race começou neste domingo (26). Os cinco barcos IMOCA, que disputam a volta ao mundo, largaram da Cidade do Cabo rumo à Itajaí, única parada latino-americana da regata. A partir de agora os velejadores vão percorrer 12.750 milhas náuticas em uma jornada de pouco mais de um mês no mar. Durante a largada, o Município de Itajaí participou de uma cerimônia de troca de bandeiras e recebeu oficialmente o bastão para realizar a próxima parada dos barcos, que devem chegar ao litoral catarinense no começo de abril.

The Ocean Race 2022-23

“Os olhos do mundo estão voltados para Itajaí, que agora tem a responsabilidade de realizar a parada brasileira deste importante evento náutico mundial. A partir deste momento intensificaremos os preparativos para receber os velejadores e entregar um grande evento esportivo, que irá atrair turistas, geração de empregos e renda para toda região”, destaca Thiago Morastoni, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, que representou o Prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, na largada da terceira etapa neste domingo.

Além de participar da cerimônia oficial, Itajaí entregou aos capitães dos barcos bandeiras brasileiras para a chegada ao país. A comitiva local também desejou boa sorte aos competidores durante o trajeto.

Largada emocionante

A partida dos velejadores da Cidade do Cabo começou emocionante. Além da despedida das famílias pouco antes do início da maior e mais difícil perna da regata de volta ao mundo, os barcos largaram sob fortes ventos de mais de 20 nós. Logo na saída, os times Biotherm (FRA) e 11th Hour Racing (EUA) tiveram que retornar ao cais por problemas técnicos no barco. Eles avaliam a situação e devem voltar à corrida neste domingo.

Ao longo do mês, os competidores enfrentarão condições extremas. Os barcos passarão por três cabos (Boa Esperança, Leeuwin e Horn), que são regiões perigosas com ondas gigantes e icebergs, em uma disputa que irá testar corpos e mentes até a chegada ao Brasil.

Despedida dos velejadores

O capitão do Malizia (ALE), Boris Herrmann, disse que o momento da partida é emocionante e que sentirá saudades de estar com as pessoas, especialmente com a esposa e a filha. “A coisa bonita de velejar pelo mundo é aproveitar e reconhecer que você sente falta das coisas. Pra mim essa é uma das principais razões de fazermos isso voluntariamente. Quando volta, você se sente muito vivo, é como renascer”, afirmou Herrmann.

Para o capitão do Biotherm Team, Paul Melhiat, a largada é um grande dia. “Estamos um pouco nervosos, porque é realmente uma etapa muito longa. Mas estamos trabalhando para isso e velejando em um barco maravilhoso, que foi feito pensando nesta etapa. Será maravilhoso, provavelmente muito difícil e eu serei a pessoa mais feliz quando chegar a Itajaí”, enfatizou.

Benjamin Dutreux, líder do Guyot Environnement, também ressaltou a dificuldade da etapa: “Um mês no mar sozinhos, só cinco pessoas, sem nada em volta, com certeza há algo muito grande a nossa frente. Então quando chegarmos à terra firme novamente será muito emocionante”.

Preparativos intensificados

Durante esta semana, a comitiva de Itajaí aproveitou a participação na largada na Cidade do Cabo para alinhar detalhes da parada brasileira. O grupo realizou reuniões com as equipes dos barcos sobre estrutura, logística e funcionamento da Vila da Regata no Município, além de tratar sobre questões de comunicação e iniciar as negociações para futuras edições.

Neste mês de março, Itajaí também inicia a montagem da Vila da Regata, a Ocean Live Park, no Centreventos, e intensifica os preparativos para o evento. O espaço abrirá ao público no dia 29 de março e deve receber mais de 500 mil visitantes até a largada dos barcos para Newport, nos Estados Unidos.

“A partir de agora começamos oficialmente a montagem da parada de Itajaí. As reuniões que fizemos aqui na Cidade do Cabo nos auxiliaram a intensificar os preparativos com as equipes e a identificar as principais necessidades de estrutura e logística. O objetivo é entregar um grande evento para os itajaienses e turistas que passarão pela nossa cidade”, afirma o secretário municipal de Turismo e Eventos e presidente do comitê organizador da Itajaí Stopover, Evandro Neiva.

A expectativa é que a regata movimentará cerca de R$ 100 milhões na economia da região.

Exit mobile version