Conselho de Segurança da ONU reúne-se de urgência na quarta-feira para discutir situação no Médio Oriente

A reunião solicitada pela França terá lugar na quarta-feira às 18h00 (23h00 em Lisboa), com a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres

O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se de urgência na quarta-feira para discutir a situação no Líbano, onde os bombardeamentos israelitas nos últimos dias fizeram cerca de 600 mortos, divulgou esta terça-feira a presidência eslovena do órgão.   
  
A reunião solicitada pela França terá lugar na quarta-feira às 18h00 (23h00 em Lisboa), com a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres, adiantou a mesma fonte.  
  
Nos últimos dias, o Exército israelita levou a cabo ataques em vários pontos do sul e leste do Líbano, e também na capital, Beirute, nos quais foram mortas cerca de 600 pessoas e mais de mil ficaram feridas. As autoridades israelitas garantiram ter eliminado varios comandantes do Helzbolla. 
  
Esta nova fase do conflito, de aumento dramático de tensões entre Israel e o Hezbollah, foi desencadeada por dois dias de explosões simultâneas dos dispositivos de comunicação do grupo, primeirro pagers depois  walkie-talkies  a 17 e 18 de setembro -, ataques atribuídos a Israel que fizeram cerca de 40 mortos e de três mil feridos, de acordo com o mais recente balanço divulgado pelas autoridades libanesas.  
  
Há mais de 11 meses que as forças israelitas e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado ao longo da fronteira entre o Líbano e Israel, nos piores confrontos desde a guerra de 2006, que se intensificaram fortemente este verão, após um ataque da milícia pró-iraniana que matou 12 crianças nos Montes Golã, ocupados por Israel desde 1967.  
  
As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 7 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez 1205 mortos, na maioria civis, e 251 reféns, e em retaliação ao qual o Exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez pelo menos 41.467 mortos e 95.900 feridos, além de mais de 10 mil desaparecidos, segundo números do Ministério da Saúde local, que a ONU considera fidedignos.  
  
A partir do Líbano, o Hezbollah juntou-se aos ataques contra Israel, em solidariedade com a população palestiniana, abrindo assim uma segunda frente de batalha para Israel, na sua fronteira norte, fazendo a comunidade internacional temer o alastramento do conflito a todo o Médio Oriente.

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