Desenvolvedor de Games: quando a brincadeira vira coisa séria!

Um dos principais segmentos da indústria do entretenimento, programação pode se transformar em carreira promissora

Tecnologia, dinamismo, gráficos realísticos e enredos envolventes. Um dos principais segmentos da indústria do entretenimento, o mercado de videogames recebe investimentos milionários anualmente para oferecer a melhor experiência de imersão ao usuário. 

Foto: DCStudio/Freepik

Para além de uma brincadeira, o interesse por jogos e programação pode se transformar na possibilidade de uma carreira promissora. Mas para atuar na área, é importante que o profissional se disponha a estudar linguagens específicas de programação — aprender Javascript, por exemplo, é essencial.

Segundo os últimos dados consolidados e preliminares da consultoria Newzoo, a indústria mundial de games movimentou US$ 175,8 bilhões em 2021. Os números superam os segmentos do cinema e da música. Em relação a 2020, contudo, esse total registrou uma queda de 1,1%. Mesmo assim, a previsão é de alta no desempenho dos próximos anos, chegando a um faturamento de US$ 200 bilhões em 2023.

Já de acordo com informações da Accenture, o valor de mercado dos games passou de mais de US$ 300 bilhões. A pesquisa foi dividida por área: US$ 200 bilhões foram destinados a software e assinaturas, consoles, compras no jogo e anúncios. Os outros US$ 100 bilhões são provenientes de setores complementares, como computadores e dispositivos móveis para jogos. A previsão do estudo é de que mais 400 milhões de pessoas se tornem gamers até 2023. 

O faz um desenvolvedor de games

Um desenvolvedor trabalha codificando o software para que os jogos rodem da melhor maneira possível. Dessa forma, o processo de criação conta com o trabalho de uma equipe multidisciplinar. O game só é produzido a partir da atuação colaborativa entre programadores, designers de jogos, roteiristas e testadores. 

O caminho mais tradicional para se tornar um desenvolvedor de jogos é estudar em alguma instituição de ensino superior relacionada às habilidades de software. Elas podem incluir desenvolvimento de software, ciência da computação e áreas correlatas. É necessário, ainda, que o profissional se mantenha atualizado e estude para conquistar diferentes qualificações, de acordo com o setor em que atua. 

Nesse sentido, é esperado que um programador conheça algumas linguagens de programação, como CSS, C++ e Python. Já quem deseja se focar em animação precisam ter experiência ou receber treinamento na área. Vale ressaltar que, seja qual for a função desempenhada no segmento, é importante ser proficiente em tecnologia da informação. 

O mercado para desenvolvedores

Conforme informações da Newzoo, em termos de consumo de jogos o Brasil é o 13º lugar no ranking mundial, com movimentação de US$ 1,5 bilhão por ano. O país conta com mais de 75 milhões de jogadores e a maioria (83%) adquiriu algum jogo nos últimos seis meses. Portanto, o mercado nacional é considerado promissor. 

Cerca de 400 empresas desenvolvedoras de games estão presentes no Brasil, a maioria na Região Sudeste. O líder desse segmento é o estado de São Paulo, com mais de cem empreendimentos na área. 

Profissionais freelancers e produtores independentes também têm presença significativa no setor por todo o país. Quem deseja atuar no desenvolvimento de jogos encontra, assim, um mercado nacional maduro. Há ainda possibilidade de carreira internacional, com oportunidades de trabalho em países como Estados Unidos e Canadá, dois grandes produtores mundiais.

Conforme a Newzoo, a maior demanda de jogos atualmente é para a plataforma mobile (celulares e tablets). A estimativa é que os jogos para celulares tenham movimentado US$ 90,7 bilhões em 2021, representando um crescimento de 4,4% no ano.

Em seguida, estão os games para computador, para console (Xbox, PlayStation, Nintendo) e, depois, os de realidade virtual. Devido à popularização e queda nos preços dos óculos VR, esta última modalidade é a que mais cresce no mundo inteiro. 

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