“Dicas de Saúde com Dr. Rodrigo Caseca”: O que é amigdalite?

As amigdalas são estruturas linfoides, ou seja, que tem a função de proteção do nosso organismo, produzindo anticorpos e impedindo que infecções da região da boca se espalhem para outras partes do corpo. Estão localizadas na região posterior da boca, na garganta e vão perdendo a sua importância na defesa do organismo com o crescimento.

Como possuem essa função de barreira, estas estruturas estão bastante susceptíveis à (processos) infecciosos, que podem ser causados por vírus (mais comum em crianças) por bactérias (jovens e adultos) ou até mesmo por ambos os microrganismos, que podem ser transmitidos através de gotículas, presentes na tosse, espirros, objetos compartilhados e até mesmo através do beijo. Nosso organismo reage bem a estas infecções, porém quando ocorre uma baixa na imunidade, estes patógenos tendem a se desenvolverem com maior facilidade. Quando isso ocorre as amígdalas ficam inchadas, doem e chegam a dificultar a passagem do alimento, levando ao quadro de amigdalite (infecção das amígdalas).

Os sintomas mais comuns são: febre, dor de garganta, diminuição do apetite, mau hálito, dificuldade em engolir, dor de ouvido, inchaço de gânglios do pescoço e da mandíbula, vermelhidão nas amigdalas ou no fundo da boca e até pontos amarelados (pús) sobre a amígdala.

O diagnóstico é clínico, através da avaliação e exame físico de um otorrinolaringologista. Como a grande maioria dos quadros de amigdalites são causados por vírus, o tratamento é baseado em uso de remédios para dor e anti-inflamatórios. Porém, como estamos vivendo uma pandemia pelo coronavírus, a infecção pelo mesmo deve ser descartada, uma vez que este vírus também causa dor de garganta. Na suspeita de um quadro bacteriano, antibióticos devem ser associados, por um período de 5 a 7 dias, para eliminar a bactéria e evitar complicações.

Alguns pacientes apresentam muitas infecções em um período curto ou até mesmo complicações (abscessos periamigdaliaos), causando prejuízo na qualidade de vida e até mesmo no desenvolvimento, principalmente em crianças (recusa em alimentar-se, falta na escola), indicada remoção das amígdalas. Esta indicação possui critérios específicos, sempre pensando no risco-benefício do procedimento cirúrgico.

Dr. Rodrigo Caseca – Otorrinolaringologista e Cirurgião Facial
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