Entrevista com “Matheus Navarro”: o surf é um estilo de vida que nos faz refletir com suas metáforas sobre o nosso cotidiano e sobre o mundo

Um dos esportes que mais chamam a atenção é o surf. Aventureiros e corajosos, os surfistas afirmam que não há sensação melhor do que estar dentro de uma onda. De fato, só de nadar no mar sabemos o quão bem ele nos faz. Muito além de um esporte lindo, o surf é um estilo de vida que nos faz refletir com suas metáforas sobre o nosso cotidiano e sobre o mundo.

Matheus Navarro, promessa catarinense, o itajaiense vem ganhando espaço no cenário internacional, rumo aos eventos “Challanger Series” 2022. Além do título mundial do ISA World Junior Sub-18 no Panamá em 2012, Matheus foi campeão no “Qualifying Series” em 2019, na Flórida/USA e em Mar Del Plata/Argentina. Os próximos desafios serão em novembro, na Praia Mole/Florianópolis e Saquarema/RJ.

1 – A Portonave firmou, nesta semana o patrocínio com você. Como se sente patrocinado por esta grande empresa?

É uma honra poder ter apoio de uma empresa como a Portonave, super importante para o surf, mostra como estamos sendo reconhecidos mundialmente. 

2 – Como é esse sentimento de ser destaque do esporte nos cenários nacional e internacional?

Um sentimento bom, fruto de nosso trabalho.  Acredito que isso só esta começando, temos muito mais para conquistar, se Deus quiser, alcançarei meus objetivos nos próximos anos.

3 – Foram dois anos distantes das competições? Teve momentos de ansiedade?

Foi difícil, continuei treinando direto, e quando eles anunciavam que iria voltar às competições, eu focava mais. Foi cancelado e transferido umas dez vezes no meio do caminho. Nós surfistas sofremos com essa situação.

 4 – Como foi a experiência na Indonésia e nas Ilhas Maldivas? 

A melhor experiência que tive. Indonésia é um dos locais mais visados no mundo do surf, consegui ir duas vezes no meio desta pandemia – um dos únicos países estar aberto. Peguei as melhores ondas da minha vida sem ninguém dentro d’água, isso nos tempos normais é praticamente impossível, lá tem muita gente (crowd). Maldivas não foi muito diferente, consegui pegar altas ondas em um dos lugares mais lindos do mundo.

5 – Aos 27 anos, menino prodígio da praia Brava, conquistando o cenário internacional, teve muitos mestres?

Tive vários. O primeiro que acreditou e deu muita força no início foi Daniel (Surf Camp- Praia Brava), depois o Pinga.

“Hoje, trabalho com a equipe da Shaperfy e o Ítalo Conceição – pessoa que me acompanha diariamente (nos treinos, negociações e posicionamento nas redes sociais).

A empresa é paranaense, mas o Ítalo mora em Balneário Camboriú. Administram a carreira de outros atletas profissionais que também moram na região. O suporte financeiro e logístico fica localizado em Curitiba.”

Além de todos profissionais que me guiaram durante esta trajetória, não tem como deixar de lado aqueles que estiveram comigo desde o início e foi super importante, a minha família.

6 – Seus planos e desafios?

Agora conseguir a vaga para os “Challanger Series”, que era onde eu estava antes da pandemia, eles são os eventos que dão a classificação para o WCT, que nos leva ao surf mundial.

Agora um bate rebate

Eu sou? Um jovem em busca de seus sonhos.

Eu quero? Inspirar pessoas através do surf.

O presente? Trabalho.

O futuro? Só pertence a Deus.

Aquilo que importa? Saúde.

Um ídolo? Jesus Cristo.

Último livro que você leu? O poder da autorresponsabilidade.

Se sua vida fosse um filme? Eu não mudaria o roteiro.

Edição: Lierge Coradini / Imagens: Ítalo Conceição

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