Israel acusa Irã de ataques com drones em seu território
O jornal “The Times of Israel” avança que há já drones a caminho de Israel. O ataque também envolverá mísseis disparados do Irão. Teerão terá colocado em marcha o ataque a Telavive no mesmo dia em que aprisionou um navio com bandeira portuguesa de propriedade de um milionário israelita. Iraque e Jordânia já fecharam o espaço aéreo.
O Irão terá dezenas de drones a caminho de Israel, avança o “The Times of Israel”. A informação já foi confirmada pelo Governo de Telavive. Também há a informação de que Teerão lançou um míssil de cruzeiro. Segundo o “The Wall Street Journal”, o Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irão afirmou que o ataque também envolveu mísseis disparados do Irão. O lançamento em massa parece ter sido um esforço para sobrecarregar as defesas antiaéreas de Israel.
O jornal escreve que o Irão lançou um ataque contra Israel com dezenas de drones, o que deve provocar um confronto militar direto entre os dois países e que ameaça transformar-se numa guerra regional. Calcula-se que os drones demorem cerca de duas horas a percorrer a distância entre os dois países, atingindo o país durante a noite.
O porta-voz militar israelita, Daniel Hagari, afirmou que o Irão lançou drones a partir do seu território em direção a Israel na noite de sábado. As forças armadas “estão em alerta máximo e monitorizam constantemente a situação operacional”.
Os Estados Unidos vão ajudar Israel a capturar os drones iranianos. O país vai fechar o espaço aéreo. A Jordânia e o Iraque também encerraram o seu espaço aéreo devido às ameaças de Teerão. E Damasco já declarou o estado de emergência.
O ataque acontece no mesmo dia em que o Irão aprisionou um navio com bandeira portuguesa de propriedade de um milionário israelita.
Perante o conflito iminente, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, adiou as reuniões que já tinha agendado e vai reunir-se ao mais alto nível com as entidades da Segurança Nacional norte-americana.
RETALIAÇÃO A BOMBARDEAMENTO A CONSULADO IRANIANO NA SÍRIA
Este ataque com drones é, aparentemente, uma retaliação face ao bombardeamento ao consulado iraniano na Síria na semana passada. Alguns países desaconselharam viagens para a região, enquanto Israel garante estar pronto para qualquer cenário e os Estados Unidos sublinham o apoio contra as ameaças.
A missão permanente do Irão nas Nações Unidas defendeu, numa mensagem publicada na rede social X na quinta-feira, que, se o Conselho de Segurança “tivesse condenado o ato de agressão do regime sionista contra as instalações diplomáticas em Damasco e levado os seus perpetradores à justiça, o imperativo do Irão de punir o regime desonesto poderia ter sido evitado”.
Esta sexta-feira, a ameaça de um ataque iraniano iminente contra Israel era já considerada “real e fiável”, para a Casa Branca. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, disse que os Estados Unidos estavam a analisar a abordagem possível das suas forças na região, à luz da ameaça de Teerão, observando a situação de muito perto. Foi, por isso, anunciado o envio de reforços para o Médio Oriente. “Estamos a enviar mais meios para a região, para reforçar os esforços regionais de dissuasão e aumentar a proteção das forças norte-americanas”, declarou um responsável da Defesa norte-americana que solicitou o anonimato. Nesses reforços incluem-se navios de guerra, escreveu o “Wall Street Journal”.
