Lunelli reforça mobilização contra fechamento da UniPRF em SC
A notícia da transferência da Universidade Corporativa da Polícia Rodoviária Federal de Florianópolis para Brasília está mobilizando a política catarinense. Nesta quarta-feira (6), o deputado Antídio Lunelli (MDB) apresentou uma moção de apelo na Assembleia Legislativa contra a mudança.
Conforme o parlamentar, a unidade localizada no Norte da Ilha, fundada em 2014, é referência em capacitação dos servidores da União, estados e municípios, ligados ou não às forças de segurança. Ele destaca que o espaço tem 80 mil m² e oferece cursos como operações temáticas de combate ao crime, fiscalização de trânsito, atendimento pré-hospitalar, piloto policial de aeronave de asa rotativa, dentre outros serviços de aprimoramento.
“A decisão de transferência da UniPRF também vai impactar severamente a economia local, considerando que cerca de 5 mil pessoas por ano deixariam de circular, hospedar-se, alugar e comprar imóveis na região. Isso significaria perda de postos de trabalho, fechamento de negócios e muito prejuízo”, aponta Lunelli.
Segundo dados da Prefeitura de Florianópolis, a movimentação de alunos, somente em 2022, injetou R$ 65 milhões na economia da cidade. Porém, a decisão do governo federal, por intermédio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, é transferir a unidade a partir de fevereiro de 2024.
O deputado explica que as justificativas apresentadas são questionáveis e giram em torno do alto custo da unidade na Capital catarinense, de tratativas nos bastidores, reformulação de políticas internas do governo e alegação de revisão e atualização das disciplinas de formação. “O governador Jorginho Mello agendou uma reunião com o ministro da Justiça e irá mobilizar o fórum parlamentar em Brasília para reforçar que Santa Catarina terá uma perda significativa com a mudança.”
A moção de apelo do deputado foi aprovada pelos demais parlamentares e será encaminhada ao presidente, ao ministro da Justiça, ao diretor da PRF e à coordenadora do Fórum Parlamentar Catarinense. “Temos que nos mobilizar, mostrar a força do nosso Estado”, afirma.
