Michel Barnier foi empossado e promete “mudanças e ruturas nesta nova página”

“Teremos de ouvir atentamente e mostrar muito respeito. Respeito entre o governo e o Parlamento, respeito por todas as forças políticas, e refiro-me a todas as forças políticas que estão representadas, e vou começar a trabalhar nesse sentido esta noite”, afirma o novo primeiro-ministro francês

Michel Barnier, o novo primeiro-ministro francês, fez a primeira declaração ao país a partir de Matignon, onde tomou posse. O seu antecessor, Gabriel Attal, o mais jovem Primeiro-Ministro do país, que foi substituído pelo mais velho da Quinta República reconheceu “uma certa frustração pela brevidade do seu mandato”. Esta mudança de executivo era esperada pelos franceses há dois meses.

Michel Barnier chegou a Matignon às 18 horas para tomar posse e substituir Gabriel Attal, o primeiro-ministro demissionário.

Os dois homens tiveram um encontro durante meia hora antes de saírem para a escadaria de Matignon, onde o novo chefe de governo fez a sua primeira declaração. Michel Barnier disse que vai assumir um mandato com humildade, mas prometeu mudanças.

“Haverá mudanças e ruturas nesta nova página. Teremos de ouvir atentamente e mostrar muito respeito. Respeito entre o governo e o Parlamento, respeito por todas as forças políticas, e refiro-me a todas as forças políticas que estão representadas, e vou começar a trabalhar nesse sentido esta noite”, garantiu o novo chefe do executivo francês.

Gabriel Attal, o mais jovem Primeiro-Ministro da Quinta República, ficou à frente do governo durante pouco menos de oito meses- a honra de uma vida, disse, embora tenha reconhecido uma certa frustração pela brevidade do seu mandato.

“Minhas senhoras e meus senhores. Oito meses é pouco, é demasiado pouco, e não o vou esconder. É evidente que há uma certa frustração em deixar o meu cargo ao fim de apenas oito meses. Estou convencido de que, noutras circunstâncias, teríamos levado este trabalho a bom porto”, reconheceu o antigo primeiro-ministro.

As reações políticas a esta nomeação são numerosas, a começar pela extrema-direita. A União Nacional está à espera de ver, ou melhor, de ouvir. Marine Le Pen e Jordan Bardella anunciaram que o partido não vai integrar o governo, dizendo estar a aguardar o discurso de política geral do novo primeiro-ministro.

À esquerda, a Nova Frente Popular está indignada. Olivier Faure, o primeiro secretário do Partido Socialista, falou de uma “negação da democracia”.

Jean-Luc Mélenchon, líder da França insubmissa, considera que as eleições foram roubadas aos franceses e voltou a apelar à participação nas manifestações deste sábado, contra as políticas de Emmanuel Macron.

Marine Tondelier, líder dos ecologistas, evoca um verdadeiro “escândalo”. Os Republicanos felicita o novo primeiro-ministro, vindo das fileiras deste partido de direita.

A presidente da Assembleia Nacional, Yaël Braun-Pivet, pediu ao Presidente da República que convoque uma sessão extraordinária o mais rapidamente possível.

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