Polícia Civil já prendeu 17 integrantes de movimentos extremistas em SC, RS, PR e MG
A princípio, sete grandes operações, nos últimos meses, resultaram na prisão de 17 pessoas ligadas a movimentos neonazistas pela Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância, unidade especializada que integra a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil de Santa Catarina.
O combate a esses grupos extremistas é também uma maneira eficaz de prevenção à disseminação de conteúdo relacionado a ataques a escolas.
“Santa Catarina é o estado que mais combate o movimento neonazista no Brasil. E isso aparece nos números do trabalho realizado pelos nossos profissionais.
Contudo, somos protagonistas no combate aos movimentos extremistas”, afirmou o delegado-geral da PCSC, Ulisses Gabriel.
A visão sobre a excelência do trabalho realizado pela Polícia Civil catarinense é compartilhada pelo governador Jorginho Mello. “A eficiência da nossa polícia se prova mais uma vez. Temos uma polícia que marca forte no combate ao crime”, disse o governador.
Desde já, o delegado Arthur Lopes, titular da Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância, as investigações demonstram que se trata de um problema nacional, com células espalhadas por outros estados. “E aqui as investigações têm revelado esse problema. Tanto que a maioria dos nossos indiciados presos são de fora de Santa Catarina”, assinalou o delegado Arthur.
Ao mesmo tempo, identificar os integrantes das células neonazistas não é uma tarefa fácil. Isso porque não há como traçar um perfil comum.
“Encontramos extremistas de todas as idades e ocupações, variando como se associam e promulgam essas ideias neonazistas”, observou o delegado, que tem se dedicado a estudar o tema e, com sua equipe, executa operações policiais bem-sucedidas e de repercussão internacional.