Português: Uma língua morta?

Hum, que papo chato, então está morrendo mesmo ou está só mudando como sempre esteve?

A resposta é sim para as duas coisas!

Mesmo com mais de 250 milhões de falantes ao redor do mundo, nosso idioma está em risco e isso diz respeito a todos os falantes enquanto civilização. Sim, nosso desenvolvimento humano e cultural está todo ameaçado.

Há um processo comum em todos os idiomas, chamado de evolução. Simples. Uma língua está em constante transformação: absorvemos palavras de outros idiomas, criamos palavras novas através do uso cotidiano e modificamos significado e estilo de outras palavras, assim como da própria estrutura da frase.

Vamos comparar com o latim, ele foi se transformando até chegar nas línguas românicas que temos hoje (português, francês, italiano, espanhol, catalão e romeno) e dizem que o Latim agora é uma língua morta porque não há falantes nativos e ela não se transforma mais, não evolui.

Então a língua portuguesa está indo pelo mesmo caminho do latim?

NÃO, o caso do português é muito pior.

As transformações de vocabulário não são o problema, como dito acima, são comuns em todos os idiomas. Nosso grande problema aqui é: Estamos parando de compreender o português.

Quê?

E se formos comparar ainda com o latim, utilizado hoje como língua de estudos, usando seu aspecto “imutável” como fundamento para textos e expressões atemporais – ainda é usado na Igreja Católica para manutenção dos 2000 de história escrita, e também em novos textos justamente para que o sentido das palavras não seja modificado por transformações que ocorrem nas “línguas vivas” ao longo do tempo; é por motivo parecido que se usam expressões em latim na linguagem jurídica – podemos dizer que o português em breve se tornará mais morto do que o latim.

A culpa é da internet? Com certeza NÃO.

Muito pelo contrário, a internet é hoje um meio que facilita, ou seja, entendermos a língua portuguesa, bem como afiarmos nossa mente e aprendermos sobre os mais diversos assuntos.

Mas, você usa a internet para isso? Eu uso?

A resposta, com certeza, é: muito menos do que deveria.

Quanto tempo passamos nas redes sociais olhando fotos vazias de pessoas que nem ao menos nos interessam de verdade? Quantas vezes até vemos alguém explicando algo útil, que prometemos por em prática, mas ao rolarmos a página tudo se esvai e… “olha aquele gato tentando entrar numa caixinha!”.

Quando queremos nos mostrar inteligentes, pesquisamos palavras aleatórias no Google, dando uma olhadinha rápida para encontrar um artigo ou notícia que confirme meu ponto de vista, tudo para ganhar uma discussão sobre política, religião, ou outro assunto que também não dominamos e, sabe por quê?

Aqui encontramos o verdadeiro ASSASSINO da língua portuguesa

Assassinar a língua portuguesa não é escrever pobrema, seje, menas, etc. Quantas pessoas por aí não tem conhecimento de grafia das palavras, mas mesmo assim possuem um entendimento da vida e do mundo muito maior do que o nosso? Muitas vezes uma conversa, tomando cafezinho na casa da avó, ou um bate-papo com pedreiro que está reformando sua calçada, podem te abrir os olhos mais do que uma palestra cheia de retórica em uma universidade.

Aqui está o nosso vilão: a qualidade do conteúdo.

Retomo agora a pergunta que deixei aberta – sabe por que usamos a internet para fazer pesquisas rápidas e vazias para satisfazer nosso desejo de superioridade ou curiosidade sobre algum tema que pareça relevante?

Porque queremos ser relevantes, mas não queremos nos dedicar a nada. Esperamos para assistir vídeos de adolescentes ou artistas populares no YouTube sobre determinado tema e deixamos isso moldar nossa opinião sobre um assunto.

O próprio noticiário é dividido, meios de comunicação estão disputando a atenção com os artistas e adolescentes e, para isso, escrevem para ganhar os seguidores de uma via de pensamento ou de outra, ignorando ou manipulando fatos e palavras. E aqui a língua portuguesa é essencial.

A língua portuguesa morre quando não conseguimos enxergar a manipulação. Quando os próprios criadores de conteúdo não a enxergam mais e não fazem manipulação de forma consciente, mas por já estarem eles próprios manipulados em viés ideológicos e só repetirem palavras vãs. Não há mais nem o duplo sentido, não há sentido algum, as palavras se esvaziam cada vez mais e, aos poucos, morrem.

Nós somos culpados, pois não buscamos compreender as palavras, não lemos de verdade, não há aprofundamento, só queremos rolar a página. Nosso rico e lindo vocabulário vai se perdendo, não por transformações comuns, mas por falta de uso, que leva ao empobrecimento cultural e, por sua vez, ao definhamento de uma sociedade em todas as áreas.

Tem salvação?

Existe uma fórmula mágica sim. Para tudo existe uma fórmula mágica, você é que não quer sair de sua zona de conforto e seguir o passo-a-passo. Não vejo outro remédio para restabelecer nossa língua – uma das mais belas do mundo – ao seu patamar de respeito, elevando junto nossa civilização.

Agora uma curiosidade: sabe quantos países no mundo falam a língua portuguesa?

Fácil, apenas nove!

São eles: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe.

Por fim, somos 195 países ao todo, tendo o inglês como língua dominante.

A importância da língua inglesa: o idioma mais falado do planeta

Um dos motivos pelos quais o inglês é tão importante se deve ao fato de que é possível encontrar alguém que fala ou se comunica no idioma em praticamente qualquer lugar do mundo, já que ele carrega o status de língua franca. Sua importância, no entanto, vai muito além.

 Em um mundo globalizado, no qual mais de sete mil idiomas são falados, esses números evidenciam a importância da língua inglesa na comunicação e sua influência nos negócios, na política, assim como no turismo, nas atividades econômicas e na cultura.

A inclusão do inglês como segunda língua nas escolas no Brasil certamente poderia preparar os estudantes para um mundo cada vez mais interconectado. Isso facilitaria a comunicação e abriria portas para oportunidades internacionais.

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