Programa ambiental permite reciclar mais de “7 mil toneladas de resíduos” das obras do SES Insular
A implementação do programa ambiental de gerenciamento de resíduos da construção civil nas obras de ampliação do sistema de esgotamento sanitário Insular, em Florianópolis, permitiu a CASAN (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) destinar 7376 toneladas de materiais resultantes das atividades do empreendimento para a reciclagem. Esse montante corresponde à soma dos materiais gerados desde janeiro de 2021, quando começaram as primeiras mobilizações no canteiro de obras.

Empreendimentos em construção civil tem como característica a geração de um volume muito alto de resíduos provenientes das atividades de obras e do trabalho das equipes. Por isso, a aplicação de medidas que garantem o gerenciamento e a destinação final adequada é fundamental para possibilitar a sustentabilidade e a preservação ambiental.
O investimento em tecnologias que viabilizam a reciclagem e o reaproveitamento dos resíduos possibilita a redução do volume de rejeitos, além da mitigação de possíveis impactos ambientais, tais como a sobrecarga de aterros sanitários ou industriais e a diminuição da exploração de recursos naturais originados da mineração ou do corte de árvores. Isso é capaz também de reduzir a emissão de gases de efeito estufa. O incentivo à reciclagem e ao reaproveitamento de resíduos também apresenta benefícios socioeconômicos, promovendo o desenvolvimento através da geração de empregos e renda e a redução de custos de produção.
Nas obras de ampliação do sistema de esgotamento Insular, metais, papel, e plástico além de outros recicláveis comuns correspondem a 54,51 toneladas (0,74%) do montante dos resíduos encaminhados à reciclagem. A madeira, utilizada nas formas de concretagem e escoramento de estruturas, equivale a 151 toneladas (2,05%) de resíduos destinados à reciclagem. A maioria dos recicláveis vem das misturas de resíduos de construção e demolição (RCD), que incluem blocos de cimento, tijolo, argamassa, com 368,50 toneladas (5%) e solo inservível, originado das escavações para implantação de rede de esgoto e fundação das novas estruturas de tratamento da ETE Insular, com 6800 toneladas (92%). Uma outra parte, cerca de 1,54 toneladas (0,02%), corresponde ao óleo usado oriundo das máquinas de apoio como perfuratrizes, retroescavadeiras e caminhões.
A eficiência do programa de gerenciamento de resíduos permitiu que apenas 13,3 toneladas de rejeitos fossem encaminhadas a aterros sanitários e industriais, por não conseguirem ser reciclados. Este quantitativo representa um percentual muito baixo do total de resíduos produzidos na obra, menos de 0,1%.
A alta taxa de resíduos que passam por processos de tratamento, reciclagem ou reaproveitamento é possível por causa da existência de um plano detalhado com procedimentos para a segregação, armazenamento, coleta, transporte e a disposição final dos materiais. A CASAN também investe na qualificação dos trabalhadores por meio da execução de diálogos com informações sobre manejo adequado, riscos e impactos dos resíduos no meio ambiente. O programa de gerenciamento de resíduos segue normativas ambientais e de segurança aprovadas pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). As obras de ampliação do sistema de esgotamento sanitário Insular têm investimento de R$245 milhões, com recursos já garantidos junto à Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA).