Unidade Militar de Emergências cria morgue com capacidade para 400 cadáveres em Valência

Até agora há mais de 200 mortos confirmados, mas falta ainda verificar muitos carros, casas, garagens privadas e públicas, pelo que é expetável que esse número suba

A Unidade Militar de Emergências (UME) espanhola montou uma morgue com capacidade para 400 cadáveres em Valência, avançou esta segunda-feira o general chefe da unidade, numa conferência de imprensa.

Javier Marcos disse que a primeira estimativa foi de cem, mas que rapidamente se percebeu que o número de mortos ia ser superior e que ampliou, então, a morgue até aos 400.  Até agora há mais de 200 mortos confirmados, mas falta ainda verificar muitos carros, casas, garagens privadas e públicas, pelo que é expetável que esse número suba.

O general quis também defender os profissionais que coordena das críticas do presidente da Generalitat que insinuou que a unidade teria chegado tarde.

“A UME seguia a situação meteorológica, tenho duas ferramentas legais: o alerta precoce e o destacamento antecipado. Quando vi o que podia acontecer utilizei as duas. Ordenei que todos os soldados fossem aos seus postos, quase 500 militares completamente equipados. E mais, ordenei o destacamento antecipado para que quando essa autorização chegasse estivéssemos em condições de entrar na zona de emergência de forma imediata. Sabem quanto tempo demoraram os meus soldados desde que eu dei a ordem até saírem? Quinze minutos”, esclareceu.

O general frisou igualmente que, nesta altura, o comando da operação é da responsabilidade da região autónoma.

“A situação operativa dois implica que é a região autónoma que dirige a emergência e que nessa altura todas as ferramentas do Estado, repito, se põem à sua disposição. E foi o que se fez desde o primeiro minuto. Eu posso ter mil soldados à porta da emergência, mas não posso entrar legalmente até que o diretor da emergência dá autorização”, destaca.

As operações de busca e resgate continuam no terreno. Para já, a boa notícia é que no estacionamento do centro comercial de Bonaire, dos 50 carros que já se conseguiram retirar, nenhum tinha vítimas.

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