Penha deve ganhar o primeiro complexo nacional de ciência

Penha deve ganhar o primeiro complexo nacional de ciência

Penha deve ganhar o primeiro complexo nacional de ciência, tecnologia e inovação do Brasil

Centro de pesquisas pode atrair mais de 40 mil cientistas por ano ao município.

Uma iniciativa que até agora é realidade apenas nos países desenvolvidos: a criação de um centro de um complexo de ciência e tecnologia no Brasil, desenvolvendo pesquisas que irão gerar produtos inovadores para o País é o mundo.

Essa é a proposta do Instituto Hestia, que assinou carta de intenções com o Município de Penha na tarde desta quinta-feira, dia 27, dando início ao processo de instalação desse complexo na cidade. A Prefeitura de Penha irá ceder 11 hectares de área pública ao Instituto, que além da instalação, também se compromete a levar obras de urbanização, tecnologia e investimento social à localidade de São Francisco de Assis, no bairro Nossa Senhora de Fátima, interior do Município. 

“Os benefícios serão em prol de todo o município”, garante o prefeito Aquiles da Costa. Após instalado, a proposta é ousada: pelo menos 40 mil cientistas deverão circular por ano no complexo, que terá 14 laboratórios com tecnologia de ponta, atraindo pesquisadores de todo o país para a cidade, e que irão incrementar o movimento na rede hoteleira, comércio e de serviços.

“Será um centro aberto para os 1,7 milhão de profissionais da área de tecnologia e pesquisa que existem no Brasil, além também de pesquisadores de toda a América Latina, principalmente os países vizinhos da América do Sul”, explica o diretor superintendente da Hestia, Doutor Etney Neves. “Todas as instituições de pesquisa do país, públicas ou privadas, podem se associar ao complexo e proporcionar o acesso de seus pesquisadores. Vai ser o único centro da América Latina dessa natureza”, diz.

Neves conta que Penha foi escolhida para a instalação do complexo devido principalmente à sua localização estratégica perto da BR 101 e de dois aeroportos, além da ótima receptividade do governo municipal. “Encontramos no prefeito Aquiles um grande parceiro, que acredita no nosso projeto, e isso foi fundamental”, apontou o professor.

A previsão é que o complexo fique pronto no máximo em três anos, a partir da cessão de uso das terras pela administração pública. “O primeiro passo, que era assinar a carta de intenções já foi dado”, indica o secretário de desenvolvimento econômico de Penha, Max Reisemberg Bastos. “Agora virá a lei cedendo essas terras para a construção do complexo, como também vamos elaborar uma lei de incentivo fiscal para este e outros empreendimentos do mesmo tipo no município”, adianta. 

O primeiro produto desenvolvido pelo Instituto Hestia inclusive será lançado dentro de um mês, já em Penha: uma embalagem industrial ecológica para a comercialização de castanhas colhidas por índios caiapós. “Iremos realizar um evento para a divulgação desse produto, que será a primeira vitrine do Instituto Hestia”, revela o Dr. Etney.

“O Instituto não tem fins lucrativos; seu objetivo é tornar ideias cientificamente amadurecidas em tecnologias e produtos. Mas a médio prazo acreditamos que até 100 milhões de reais em investimentos em pesquisa alcancem o laboratório, gerando royalties que serão investidos no próprio complexo e em Penha”, complementa. Diretamente, o instituto já prevê a contratação de 91 profissionais da área de ciência e tecnologia para dar suporte aos pesquisadores que visitem e usem o laboratório.

“Estamos otimistas com essa iniciativa, pois nossa cidade só tem a ganhar”, considera o prefeito Aquiles. “Estamos falando da urbanização da localidade de São Francisco de Assis, além cadeia comercial em torno para atender esses visitantes, gerando mais empregos e renda para nossa população”, aponta. “É provavelmente o maior acontecimento para a nossa cidade desde a vinda do parque Beto Carrero World”, opinou.

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