Prefeito e Defesa Civil discutem medidas para prevenir alagamentos
Inundação recente ajudou no diagnóstico de situação que já dura anos em Penha. Na manhã de hoje, dia 04, quinta-feira, o prefeito Aquiles da Costa esteve mais uma vez reunido com a Defesa Civil do município de Penha, além de representantes das Secretarias de Serviços Urbanos, Saúde, Assistência Social e Planejamento de Penha, e o coordenador regional da Defesa Civil Eliezer Cardoso, responsável pela região da AMFRI. O encontro discutiu as ações feitas pelo governo municipal e bombeiros para auxiliar as famílias que foram vítimas das recentes inundações, causadas por uma forte chuva na madrugada de quarta-feira, dia 3. 52 ruas ficaram alagadas, 80 residências tiveram inundação, e 20 famílias foram desalojadas, sendo apontam os relatórios iniciais das equipes constituídas pelo prefeito para lidar com a situação. Segundo a Defesa Civil de Penha, até 2.500 pessoas foram afetadas pelos alagamentos, com dificuldades ou até impedidas de sair de casa por causa das ruas inundadas. Durante toda quarta-feira, a equipe de serviços urbanos e os bombeiros voluntários e militares ajudaram na limpeza das casas dos moradores atingidos. Outra ação da secretaria de serviços urbanos foi desobstruir vários pontos onde a água se acumulou, impedindo o escoamento da água da chuva, que foi o que causou a inundação de ontem. Foram identificados pelo menos nove pontos onde a água tem dificuldade de escoar, seis deles só no bairro de Armação. “Essas inundações são consequência da falta de manutenção e ampliação da rede de captação pluvial nos últimos anos”, avalia o coordenador da defesa civil de Penha, e secretário de serviços urbanos de Penha, João Batista Porto. De fato, conforme informou Eliezer Cardoso, o coordenador da defesa civil da região da AMFRI, Penha já havia passado pela mesma situação de inundação em 2013, mas nada foi feito para evitar que os alagamentos voltassem a se repetir: “É preciso usar a situação pra fazer um diagnóstico para apurar onde estão os problemas, e que soluções devem ser tomadas”, apontou. É exatamente nesse sentido que o prefeito Aquiles da Costa vem trabalhando desde a madrugada de quarta: “Situações de desastre tem causa e consequência. Num primeiro momento temos que trabalhar nas consequências, dando auxilio às vítimas, mas não podemos deixar de ficar atentos para as causas, com objetivo de evitar que isso volte a acontecer”, declarou. Após visitar cada ponto de alagamento, e conversar com as equipes técnicas das secretarias de planejamento e serviços urbanos, Aquiles anunciou que pretende fazer um canal extravasor que irá correr em paralelo com a Terceira Avenida, entre o final das ruas Garcia e Marco Schneider. “Se fizermos esse canal, isso irá resolver todo problema de alagamento dessa região da Armação”, disse Aquiles. Outra rua que sofreu muito com a chuva foi a Valdomiro Bernardes. A secretaria de serviços urbanos pretende substituir a tubulação da rua por uma maior, de maior capacidade de escoamento. O município de Penha também pretende requerer ao governo federal recursos para a drenagem do Rio Iriri, avaliada em mais de dois milhões de reais. O prefeito decretou situação de emergência em Penha pelos próximos 180 dias. A defesa civil estadual deve dar o kit para reconstrução da ponte da estrada geral da Santa Lídia, que cedeu devido aos alagamentos. Outra ajuda veio do parque Beto Carrero World, que já na quarta-feira cedeu maquinário para ajudar na limpeza de valas e desobstrução de pontos de escoamento. “Um dos nossos maiores problemas é o maquinário. São obras que não podíamos fazer antes por falta de máquina”, argumento o secretário João Batista Porto.