“De Frente com Claudinha”: Os Desafios e Preconceitos de um Autista
O preconceito e descriminação contra essas crianças ocorre porque há uma desinformação de que pessoas com autismo se reduzem à sua condição, incapazes e dependentes.
O que não é VERDADE! Essas crianças são altamente inteligentes tanto quanto qualquer outra criança, eu me arriscaria a dizer que até mais inteligentes do que qualquer um de nós. O autismo tem se tornado cada vez mais comum atualmente e, a falta de informação da sociedade em tal assunto tem se tornado algo revoltante, como a aceitação dessas crianças em escolas comuns com o convívio de outras crianças. O direito dessas crianças com autismo em escolas regulares é um direito garantido por lei. Absurdamente se percebe que em determinadas escolas alguns professores ainda se recusam a aceitar essas crianças – falam não estão preparados para recebê-los. Prefiro me referir a elas como crianças GÊNIOS, se você professor não está capacitado a receber essas crianças na escola de igual para igual como recebem outras crianças; se capacite, aprenda a lidar com às necessidades delas, afinal não é para isso que estamos no mundo?
Não foi para isso que se formaram professores? Para atender a toda e qualquer criança, seja ela com deficiência ou não.
Aceitar que essas crianças com autismo tem muito a nos ensinar, são crianças extremamente INTELIGENTES; vocês não fazem ideia do quanto. De fato, alguns autistas têm habilidades intelectuais que impressionam. Seja profissional capacitado e preparados para atender essas crianças.
Com frequência, os autistas com grau leve são muito inteligentes, são sensíveis às mudanças o que as fazem ter uma vida bem próxima da normalidade. Algumas dessas crianças podem ser confundidas com pessoas muito tímidas. Muitos são quase imperceptíveis de tão adaptados. E, se parecem mais inteligentes é porque tem em suas características qualidades de focar em tudo a sua volta. Há autistas focando em artes, em memorização, em cálculos, em combinações matemáticas e nem sabem porque isso ocorre.
Relato de mãe com filho AUTISTA
Graciela Martins moradora de Palhoça, Santa Catarina: “Meu filho aprendeu a falar inglês sozinho aos três anos de idade, fiquei chocada, diz ela. Então, onde está a capacidade entenderem que essas crianças só precisam de pessoas capacitadas e preparadas para recebê-las nas escolas.
Vou dar um exemplo: quem treina professores a lidar com alunos rebeldes agressivos? Porque nós sabemos que nas escolas é o que mais tem, né?
Então eu pergunto: onde está a dificuldade de treinar um profissional qualificado preparado para receber uma criança com autismo nas escolas?
Repito, eles têm muito mais a nos ensinar do que nos, a eles – enquanto não entendermos que neste mundo há lugar para todos, que todos tem o direito de ir e vir, que somos iguais e queremos ser tratados como iguais porque é o que somos, que no mundo não há separações, quem faz isso é a sociedade as pessoas infelizmente.
Enquanto não entendermos isso, seremos apenas pessoas ignorantes incapazes de estender a mão ao próximo. Pensem nisso! A importância de ver as pessoas com a mesma igualdade é tão necessária, que se vocês soubessem o quanto mudariam a vida dessas pessoas. Sem julgamentos, por favor! Ricos, pobres, pretos, brancos, deficientes, não deficientes, que nada disso nos separa de Deus, do ser maior. Que possamos ser melhores, humildes, disposto a ajudar o próximo, a não excluir as pessoas por serem diferentes. Qual graça teria a vida se todos fôssemos iguais? Que graça teria se todos tivéssemos a mesma aparência?
Viva as diferenças, viva o Amor a Vida! Com coração transbordando de amor ao próximo. Viva nossos ANJINHOS AUTISTAS.
“Ter um filho autista me fez perceber a frieza de alguns parentes e a bondade de muitos estranhos. Autistas são “Anjos sem Asas”, ensinando a humanidade que um gesto simples é carinho; não é preciso abraço e palavras para dizer que ama. Os autistas mudaram o sentido da palavra se encaixar, nem todo lugar que você se encaixa é para você, e eles sabem disso. Autistas são Anjos mandados para terra para ensinar a verdadeira linguagem do amor”, relato de mãe com filho autista e dedicado à todas as mães e pais de “Anjos Autistas”.
Lembrem-se: esse foi o maior presente que Deus enviou a vocês, ame-os, lutem pelos seus direitos e não deixem jamais que ninguém digam que eles não são iguais ou talvez melhor que muita gente por aí. Proteja-os da maldade das pessoas ruins, preconceituosas; mas deixem-nos livres para poderem mostrar ao mundo a capacidade que eles tem.
Texto: Claudinha Sousa Instagram:@claudinhasousadino/E-mail: [email protected]