Construção naval cria estratégia para qualificar profissionais em Santa Catarina
Aquecimento do setor náutico e naval brasileiro resultou em escassez de mão de obra qualificada.
Santa Catarina já responde por 70% da fabricação de barcos de lazer no país.
A princípio, com mais de 100 mil empregos gerados, segundo a Associação Brasileira de Barcos e Seus Implementos, a indústria náutica e naval brasileira segue em expansão e registra mais de dois dígitos de acréscimo no faturamento nos últimos anos.
Então, para manter o ritmo de crescimento e competitividade, inclusive, internacionalmente, estaleiros de Navegantes e Itajaí, considerado o principal polo náutico do país, criaram um comitê em prol da qualificação da mão de obra.
A Azimut Yachts, inegavelmente maior estaleiro de luxo do mundo, que tem em Itajaí o único parque fabril fora da Itália e emprega mais de 500 colaboradores, projeta investir em capacitação e desenvolvimento profissional da sua equipe e da comunidade.
Escassez de mão de obra qualificada
“Santa Catarina responde por 70% da construção de barcos de lazer no país e como o setor está cada vez mais aquecido é preciso investir em qualificação da mão de obra”.
Há uma alta demanda de profissionais e isso gerou escassez no mercado. Então, é preciso dar atenção para esse processo de formação, inclusive, com apoio do poder público e instituições voltadas à formação técnica, como o Senai, comenta a gerente de Recursos Humanos da Azimut Yachts Brasil, Danubia Emmel dos Santos.
Indústrias da Construção Naval de Itajaí e Navegantes
Entretanto, o movimento, liderado pelo Sindicato das Indústrias da Construção Naval de Itajaí e Navegantes, já realizou as primeiras ações com objetivo de unir diversos setores para solucionar a questão. Senai juntamente com as secretarias de Desenvolvimento Econômico de Navegantes e Itajaí para mobilizar o setor público em prol dessa questão.
A ideia é fomentar esse assunto e criar um projeto contínuo para atender as necessidades do setor”, explica o presidente do sindicato, Paulo Santana Neto.
Por fim, a última reunião do comitê foi realizada com representantes de recursos humanos das empresas, além de especialistas técnicos. Foi criada uma série de agendas que visam a construção do projeto de capacitação, definindo trilhas de formação, juntamente com a equipe do Senai.
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