Engordamento de Jurerê entra na reta final em menos de um mês
Terceiro e maior alargamento de praia de Florianópolis também deve deixar a marca de ser realizado pela Prefeitura no menor tempo
A obra de engordamento de Jurerê entrou nesta sexta-feira (23) em sua reta final em menos de um mês do início das obras. Ou seja, o terceiro e maior alargamento de praia de Florianópolis também deve deixar a marca de ser realizado pela Prefeitura no menor tempo. A execução de mais esse grande projeto está sendo conduzida pela Secretaria de Transporte e Infraestrutura.
Iniciada no dia 26 de janeiro, a obra chega ao seu 29º dia com 2,6 dos 3,38 km de extensão de Jurerê com a sua faixa ampliada por um volume de 325 mil metros cúbicos de areia. Os trabalhos desse último trecho seguem em definitivo para a direção leste até aproximadamente 50 metros do costão do lado da praia conhecido como Tradicional que faz divisa com Canajurê, que não será alargado por conta do Rio das Ostras.
O alargamento de praia de Canasvieiras, o primeiro feito na cidade, contemplou a extensão de 2,34 km entre Canajurê e o trapiche. Nessa obra, a dragagem iniciou em 04 de outubro de 2019 e a entrega da obra aconteceu em 17 de janeiro de 2020. Já o segundo engordamento, dos Ingleses, que beneficiou os 2,87 km entre o Canto Sul, onde ficam as dunas, até 500 metros antes da Foz do Rio Capivari, foi executado em 53 dias.
“O penúltimo trecho do engordamento de Jurerê, após o reabastecimento da draga holandesa Lesse, fluiu ainda melhor que os anteriores. E, agora, a área que falta ser ampliada vai exigir um maior volume de material. A faixa da Associação de Pessoal da CAIXA em Santa Catarina em direção ao costão de Jurerê Tradicional era bem menor, chegando a inexistir em alguns pontos. Mesmo assim, estamos otimistas com relação à manutenção do ritmo de trabalho”, ressaltou o secretário de Transporte e Infraestrutura, Rafael Hahne.
Nessa reta final, será dada continuidade à estratégia de interditar temporariamente as áreas a serem trabalhadas, bem como de liberá-las aos banhistas tão logo forem ficando prontas, após a autorização dos bombeiros, a cada dois a três dias, se possível. O tempo depende do aparecimento ou não de golfinhos na região porque daí é preciso parar momentaneamente as operações. Assim, a administração municipal busca conciliar a execução dos trabalhos com a procura pela praia, e garantir a segurança da população. Neste sentido, aliás, a Prefeitura reforça a importância de dar atenção à sinalização local.
A obra em Jurerê
As obras recuperam a orla da praia de Jurerê para que tenha faixa de 40 metros que se estabilize em 30 metros após a conformação natural pela maré – e contenham a erosão marítima.
As obras contam com as devidas licenças ambientais provisória e de instalação do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), e autorizações da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Elas representam um investimento de R$ 24,79 milhões, sendo que metade desse valor será pago pelo governo do Estado.
A dragagem corresponde à escavação de areia do fundo do mar com o auxílio de um tipo especial de embarcação, no caso, a draga auto-transportadora de arrasto (tipo Hopper) holandesa Lesse. Ela é resistente às intempéries, o que significa dizer que atua mesmo em dias de chuva. Ao todo, deve ser dragado um volume de 491,22 mil metros cúbicos de areia com a mesma coloração e granulatura (dimensão) da que perfaz a praia, retirado de jazida submarina de até 2,5 metros de profundidade localizada a 1.350 metros de distância da orla.
Esse trabalho pode acontecer 24 horas por dia. Ele funciona assim: após extrair o material, a draga é deslocada até 200 metros da orla – essa distância evita que ela encalhe na areia da praia em si – para ser acoplada a uma tubulação de 450 metros. Mas só a parte da tubulação que flutua sobre a água é que fica posicionada perpendicularmente à praia; o restante da tubulação fica “em terra”, em paralelo à faixa de areia que está sendo alargada. Efetuado o acoplamento, a draga bombeia a areia para transportá-la pela tubulação até o balneário e, na sequência, ela é espalhada por tratores. Sendo que esse processo será repetido quantas vezes forem necessárias até a conclusão da obra.