Biden acredita que “ainda possível” uma trégua em Gaza

O Presidente norte-americano assegura que os EUA “não estão a desistir” dos seus esforços

O presidente norte-americano Joe Biden afirmou esta segunda-feira que uma trégua em Gaza “ainda é possível” e garantiu a jornalistas que os Estados Unidos “não estão a desistir” dos seus esforços.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o Hamas acusaram-se hoje mutuamente pelo facto de os mediadores não terem conseguido chegar a um acordo de cessar-fogo até agora, durante o início de uma visita a Israel do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

O movimento palestiniano Hamas acusou hoje o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de “obstruir” um acordo de tréguas em Gaza, após a mais recente ronda de negociações em Doha.

Por seu turno, Netanyahu pediu uma “pressão direta sobre o Hamas”, denunciando aquilo que classificou como “recusa obstinada” para uma trégua na Faixa de Gaza, num momento em que Israel é a primeira etapa de uma visita de Antony Blinken à região.

Na quinta e na sexta-feira, os negociadores israelitas estiveram em Doha em conversações com mediadores do Qatar, do Egito e dos Estados Unidos, com vista a um cessar-fogo em Gaza, combinado com a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos.

O gabinete de Netanyahu informou ainda que receberá o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, na segunda-feira de manhã em Jerusalém, no âmbito da sua nona viagem a Israel desde o início do conflito, em 07 de outubro.

Nesse dia, Israel declarou uma guerra na Faixa de Gaza para “erradicar” o Hamas, horas depois de o movimento islamita ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 111 dos quais permanecem em cativeiro, enquanto 41 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.

A guerra, que continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza pelo menos 40.000 mortos (quase 2% da população) e 92.401 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, de acordo com números atualizados das autoridades locais.

Depois da visita a Israel, o secretário de Estado norte-americano vai encontrar-se na terça-feira com responsáveis do Egito, país que recebe esta semana a continuação das negociações suspensas na sexta-feira à noite em Doha.

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