“Empresa têxtil de SC” se une a estilistas nas principais ‘passarelas de moda do mundo’
Fios da Círculo serão usados por marcas e fashion designers em criações artesanais para desfiles na Semana de Moda de Milão, Paris Fashion Week e São Paulo Fashion Week
A moda consciente, artesanal e sustentável continua mostrando a sua força e relevância no mundo fashion. Um número crescente de estilistas leva a brasilidade e a diversidade cultural a partir de técnicas manuais, como o crochê e o bordado, com criações únicas, sofisticadas, contemporâneas e que valorizam o upcycling. A Círculo, maior fabricante de fios para trabalhos manuais da América Latina, atua em parceria com diversos nomes da moda nacional para elevar o handmade e potencializar as suas diferentes possibilidades criativas.
Nos meses de setembro e outubro, oito marcas utilizarão os fios da empresa têxtil em coleções inéditas para três importantes eventos da moda mundial: Natural Cotton Color (Semana de Moda de Milão); Gustavo Silvestre em collab com Kevin Germanier (Paris Fashion Week); e Catarina Mina, LED, Gustavo Silvestre, Santa Resistência, Sou de Algodão, Dario Mittmann e João Maraschin (todas essas na São Paulo Fahsion Week).
A Natural Cotton Color, conhecida pelo compromisso com a sustentabilidade e o uso exclusivo do algodão orgânico que já nasce colorido, mostrará a coleção “Calunga”, que celebra a rica herança cultural brasileira e o Maracatu, manifestação tradicional do Carnaval no Nordeste, especialmente na Paraíba e Pernambuco. As peças têm a alfaiataria e os detalhes artesanais como base para um design contemporâneo, unindo costumes e inovação. A coleção foi criada por Francisca Vieira, CEO da marca, em parceria com Leo Mendonça, e tem consultoria criativa de Elis Janoville. Na passarela da Semana de Moda de Milão serão apresentados 20 looks. O desfile está marcado para 20 de setembro, no Museo Nazionale della Scienza e della Tecnologia Leonardo da Vinci.
“Calunga” traz técnicas artesanais que valorizam a cultura local e nordestina. Entre elas, destaca-se o Labirinto, bordado sobre tramas de tecido desfiado que é patrimônio imaterial da Paraíba. As rendas renascença e de bilro e também o crochê são amplamente utilizados, além das técnicas manuais da tipologia têxtil produzidas com as linhas Queen, Anne e Rendeira da Círculo. Tassel e franjas, incluindo as do macramê, adicionam movimento às peças, trazendo um toque atual à tradição artesanal.
Ainda em setembro, o brasileiro Gustavo Silvestre se junta a Kevin Germanier em uma quarta collab para a Paris Fashion Week. Silvestre tem um forte pilar social e sustentável, e vai levar o seu tecido de crochê, que consiste numa técnica de tramas entrelaçadas com paetês, para agregar ao trabalho da marca Germanier. Foram 10 looks cocriados pelos estilistas, executados no Brasil por Gustavo Silvestre e seu time de artesãs, formado por 16 pessoas, e que que consumiu mais de 800 horas de trabalho. “Em todas as peças, utilizamos 100% o fio Cordonê da Círculo, pois é muito luxuoso e resistente, ideal para esse tipo de trabalho delicado e primoroso”, comenta Silvestre. A coleção inspirada no zodíaco será apresentada no dia 24 de setembro, na Paris Fashion Week.
Quem acompanha o estilista sabe o quanto ele valoriza e incentiva a sustentabilidade social, ambiental e econômica. Em 2015, Silvestre criou o projeto Ponto Firme, que ensinava crochê em uma penitenciária em Guarulhos (SP) e, posteriormente, em 2020, inaugurou o Ateliê Ponto Firme para atender pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica, entre elas mulheres trans, refugiadas e imigrantes resgatadas em situação análoga à escravidão na indústria da moda. Nesta collab com Kevin, terá muito crochê, cores vibrantes e brilho, com uma moda baseada no “zero desperdício”, ou seja, as peças são feitas a partir de materiais reaproveitados, que se transformam em produções extravagantes, sofisticadas e coloridas, características predominantes em todos os trabalhos de Kevin e Gustavo. “Criamos looks totalmente inovadores que expandem as possibilidades da técnica artesanal, como o tecido de crochê desenvolvido após anos de pesquisa. Teremos efeitos criados com drapeados, sobreposições e novos volumes”, comenta Silvestre.
No mês seguinte, ele também estará na São Paulo Fashion Week, com sua marca homônima e seu tecido de crochê feito com os fios da Círculo. “Podemos dizer que vamos mostrar na PFW uma prévia ou até um spoiler do que exibiremos na SPFW em outubro. Nosso desfile em São Paulo (SP) será muito especial, pois além de abrir a temporada, estaremos em uma locação muito simbólica e absolutamente fantástica. As novas modelagens que apresentaremos em Paris também estarão presentes em nosso desfile no Brasil”, adianta Silvestre.
E na programação de marcas e estilistas que usarão os fios da Círculo como matéria-prima para as suas criações na SPFW, ainda estão o moderno streetwear parody de Dario Mittmann, com fortes referências à cultura pop e universo geek; a moda agênero, livre e irreverente como forma de expressão política da LED; e a moda responsável, social e ambientalmente consciente e de impacto social de Catarina Mina, Gustavo Silvestre, Santa Resistência, João Maraschini e Sou de Algodão. Todas elas trazem um forte apelo ao artesanal e ao slow fashion, com criações exclusivas e que conquistam celebridades, não somente nas passarelas, mas fora delas em eventos e trabalhos mundo afora. Anitta, Preta Gil, Bruna Marquezine, José Loreto, Lázaro Ramos, Cris Viana, Camila Coutinho, Mari Gonzalez, Sabrina Sato e Silvia Braz são alguns famosos que já se renderam aos looks desses estilistas.
“Levar o crochê, o tricô, o bordado e outras técnicas manuais para os mais importantes eventos de moda por meio de diferentes inspirações e conceitos criativos desses designers e estilistas é uma forma de mostrar como o handmade pode ser explorado em diversas vertentes e estilos, com looks modernos, elegantes e que abraçam diferentes propostas, das mais comerciais às mais conceituais. As passarelas são vitrines fundamentais para furar a bolha do trabalho manual para aqueles que o reduzem a algo praticado somente dentro de casa, entre gerações. Ele é uma potência criativa, fashion, sustentável, exclusiva e que resgata e valoriza a diversidade cultural do nosso país. Com esses estilistas vemos como o artesanato é reinterpretado e renovado, criando designs inovadores, surpreendentes e contemporâneos”, finaliza o CEO da Círculo, Osni de Oliveira Junior.