ESTÍMULO À DESORDEM “JANELAS QUEBRADAS”
ESTÍMULO À DESORDEM “JANELAS QUEBRADAS”
Por Drauzio Varella
A deterioração da paisagem urbana é lida como ausência dos poderes públicos, portanto enfraquece os controles impostos pela comunidade, aumenta a insegurança coletiva e convida à prática de crimes.
Essa tese, defendida pela primeira vez em 1982 pelos americanos James Wilson e George Kelling, recebeu o nome de “teoria das janelas quebradas”.
Segundo ela, a presença de lixo nas ruas e de grafite sujo nas paredes provoca mais desordem, induz ao vandalismo e aos pequenos crimes. Com base nessas ideias, a cidade de Nova York iniciou, nos anos 1990, uma campanha para remover os grafites do metrô, que resultou numa diminuição dos crimes realizados em suas dependências. O sucesso da iniciativa serviu de base para a política de “tolerância zero” posta em prática a seguir.
Medidas semelhantes foram adotadas em diversas cidades dos Estados Unidos, Inglaterra, Holanda, Indonésia e África do Sul. Mas, apesar da popularidade, a teoria das janelas quebradas gerou controvérsias nos meios acadêmicos, por falta de dados empíricos capazes de comprová-la.
Um grupo de holandeses da Universidade de Groningen publicou um estudo na revista “Science”, que esclarece os pontos obscuros da teoria.
(…) A mensagem é clara: desordem e sujeira nas ruas mais do que duplicam o número de pessoas que joga lixo na sarjeta e rouba. Para ler a matéria toda acesse: https://drauziovarella.com.br/drauzio/janelas-quebradas/
Hoje, o Secretário de Planejamento Urbano e Gestão Orçamentária, Sr. Edson Kratz, presenteou com um banner da “Teoria das Janelas Quebradas”, o Sr. Laurindo Ramos, Diretor de Fiscalização de Obras, Planejamento e Posturas. Para usar em seu gabinete, onde possa lembrar e aplicar todos os dias.
“Essa teoria leva a formulação de políticas públicas de urbanização sustentável que vão ao encontro da teoria do Direito à Cidade”.