Aerofobia: O medo de voar e como enfrentá-lo

Psicólogo e escritor Alexander Bez explica as causas da aerofobia, seus gatilhos e estratégias para enfrentar o medo de voar

Imagem: reprodução internet

Quando falamos em fobias, é essencial respeitar nossas dificuldades psicoemocionais. No entanto, isso não significa que não possamos compreendê-las e buscar elucidações adequadas. Fobias, de modo geral, representam o medo de algo específico, normalmente associado ao nosso estado emocional interno. Entretanto, em alguns casos, também podem envolver elementos reais e externos de perigo, tornando-se ainda mais desafiadoras para quem as enfrenta.

“A aerofobia, o medo de voar, pode desencadear manifestações intensas de pânico, independentemente de a pessoa ter passado por um trauma anterior. Para alguns, o medo se manifesta mais intensamente na decolagem, para outros, ao longo do voo ou na aterrissagem. Em casos mais graves, a pessoa pode evitar viagens aéreas e até modificar seus roteiros para evitar essa situação”, explica o psicólogo e escritor Alexander Bez.

É importante diferenciar a aerofobia da claustrofobia, pois algumas pessoas sentem ansiedade não pelo voo em si, mas pela sensação de confinamento. Nesses casos, optar por aeronaves maiores, que oferecem mais espaço, pode ajudar a aliviar o desconforto.

Escolher bem a companhia aérea, evitar empresas desconhecidas ou promoções exageradas também são medidas que proporcionam mais segurança emocional ao passageiro. Além disso, pessoas com condições médicas, como problemas vasculares ou cardiovasculares, devem tomar precauções adicionais, pois o voo pode agravar algumas dessas condições.

“Fatores externos também podem funcionar como gatilhos para a aerofobia, como notícias de acidentes aéreos, turbulências ou eventos relacionados a terrorismo. Para evitar que esses medos se intensifiquem, recomenda-se focar em atividades relaxantes durante o voo, como assistir a filmes ou desfrutar dos serviços de bordo, além de evitar pensamentos negativos”, indica o especialista.

Outras medidas que podem contribuir para um voo mais tranquilo incluem avaliar as condições climáticas da rota escolhida e evitar voos em períodos de inverno rigoroso, quando a turbulência pode ser mais intensa. Além disso, é recomendável não ingerir bebidas alcoólicas durante o voo e, se necessário, consultar um médico para a prescrição de um ansiolítico adequado.

“Respeitar os próprios limites e buscar auxílio profissional são passos fundamentais para enfrentar a aerofobia e tornar a experiência de voar mais segura e confortável”, finaliza Alexander Bez.

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