Afluentes detalha projeto do novo sistema de abastecimento de Penha para associações de moradores
O panorama atualizado do projeto que prevê o sistema próprio de abastecimento para o município, além dos investimentos previstos para amenizar problemas de desabastecimento na temporada 2019/2020 os principais assuntos abordados durante encontro do Programa Afluentes, em Penha. Realizado pela concessionária Águas de Penha na Pousada Pedra da Ilha, o encontro contou com a participação de representantes de diferentes associações de moradores da cidade.
Criado com a intenção de estabelecer um canal de diálogo com a população de Penha, o Afluentes apresenta o trabalho realizado pela concessionária e ouve as demandas da comunidade. Durante o encontro, o gestor operacional da Águas de Penha, Guilherme Bueno, falou sobre as tratativas junto às prefeituras de Luiz Alves e Navegantes para obter a autorização para passar parte da adutora de 22 quilômetros que captará água do rio Luiz Alves por estas duas cidades.
Tão logo os documentos estejam em mãos, a concessionária buscará as licenças necessárias junto ao órgão ambiental para início das obras. “Será de extrema importância que a sociedade civil organizada nos ajude a solicitar celeridade na aprovação destas licenças para iniciarmos a obra”, ressaltou. A previsão da Águas de Penha é que, após a emissão da licença ambiental, a obra seja concluída em 18 meses.
Para a próxima temporada de verão, a Águas de Penha prevê medidas paliativas para minimizar o efeito do desabastecimento em Penha Entre as medidas, está a de esclarecer aos consumidores a forma correta de dimensionar os seus reservatórios, o de apoiar a empresa fornecedora de água em ações que permitam uma melhor produção e a construção de um reservatório extra para a comunidade da praia de São Miguel. Estas ações, segundo Guilherme, irão contribuir na distribuição do recurso hídrico em momentos de pico, como o Ano Novo.
Durante a reunião, o representante da concessionária deixou claro que o problema de abastecimento em Penha não é a rede em si, mas a oferta de água. Hoje, Penha e Piçarras são abastecidos através do Rio Piçarras, insuficiente para atender as duas cidades no verão. Através de um gráfico, Guilherme exemplificou que a cidade recebeu em média, nos dias de alto consumo, 11 milhões de litros de água, enquanto a demanda era de 21,5 milhões de litros de água por dia. “Mesmo com todos os investimentos realizados ao longo do ano, o desabastecimento foi inevitável neste verão. O que vai resolver definitivamente o problema em Penha é o sistema próprio. Para o próximo verão é fundamental apostar em cisternas e caixas d´água adequadas para o volume de consumo do imóvel”, finalizou.