Bolsas europeias abrem em baixa à espera da descida das tarifas dos EUA sobre a China

Pelas 09h10 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a recuar 0,59% para 513,71 pontos

As principais bolsas europeias abriram em baixa na expectativa da possibilidade de uma descida das tarifas norte-americanas sobre a China, e tendo como pano de fundo os numerosos resultados empresariais que vão ser apresentados.

Pelas 09h10 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a recuar 0,59% para 513,71 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt baixavam 0,17%, 0,88% e 0,87%, respetivamente, enquanto a de Madrid se desvalorizava 0,17.

Milão era a exceção, já que subia 0,16%.

A bolsa de Lisboa mantinha a tendência da abertura e às 09:10 o principal índice, o PSI, avançava 0,22% para 6.851,69 pontos.

Entre os resultados empresariais conhecidos hoje na Europa, destacam-se os do Bankinter em Espanha, que obteve um lucro de 270,1 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 34,5% do que no mesmo período de 2024, graças a uma forte atividade comercial, com crescimento em todos os segmentos de negócio e das taxas e comissões.

Outro banco, o BNP Paribas, em França, registou uma queda de 4,9% no lucro líquido no primeiro trimestre, para 2.951 milhões de euros, apesar do bom desempenho do segmento da banca de investimento, mas em todo o caso o banco francês confirmou os objetivos para os próximos anos.

O instituto alemão Ifo irá também publicar os índices de clima empresarial na Alemanha, bem como os subíndices de situação atual e de expectativas.

Em princípio, o mercado espera uma deterioração dos indicadores do Ifo devido à incerteza da batalha comercial com os EUA, segundo analistas da Link Securities citados pela Efe.

Na Ásia, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio está a subir 0,61%, enquanto o Hang Seng, a poucos minutos do fecho, está a cair 1,14%.

Entretanto, Wall Street fechou a ‘verde’ na quarta-feira, animada pela possibilidade de uma descida do preço do petróleo e de uma redução das tarifas dos Estados Unidos sobre a China, e pela mensagem conciliadora do Presidente Donald Trump sobre o presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell.

O Dow Jones terminou a avançar 1,07% para 39.606,57 pontos, que compara com o máximo desde que o índice foi criado em 1896, de 45.014,04 pontos, em 04 de dezembro de 2024.

O Nasdaq, índice de cotadas de alta tecnologia, fechou também a avançar, 2,50% para 16.708,05 pontos, contra o máximo de sempre, de 20.173,89 pontos, verificado em 16 de dezembro de 2024.

A empresa tecnológica norte-americana Alphabet, proprietária da Google e do YouTube, vai apresentar hoje os resultados do primeiro trimestre, depois de ter obtido um lucro líquido de 100.118 milhões de dólares em 2024, mais 36% do que no ano anterior, impulsionado pelo motor de busca e pela publicidade.

Serão também divulgados o índice de atividade da Fed de Chicago para março e os pedidos iniciais de subsídio de desemprego semanais.

Os juros da obrigação a 10 anos da Alemanha, considerada a mais segura da Europa, desciam para 2,481%, contra 2,496% na sessão anterior.

O euro estava a subir, mas para 1,1368 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, contra 1,1340 dólares na quarta-feira e 1,1509 dólares em 21 de abril, um novo máximo desde 12 de novembro de 2021.

O preço da onça de ouro, um ativo de refúgio, estava a subir para 3.330,80 dólares, contra 3.295,16 dólares na quarta-feira e um novo máximo histórico, de 3.414,65 dólares, na segunda-feira.

Por outro lado, o preço do petróleo Brent para entrega em junho, a referência na Europa, subia para 66,74 dólares por barril, contra 66,12 dólares.