Bromélias como criadouro de mosquito da dengue
A Prefeitura de Florianópolis, por meio do Centro de Controle de Zoonoses e equipe de combate às endemias, alerta sobre o risco do cultivo de bromélias em ambientes urbanos. Dentre as bromélias, as que acumulam água e detritos são as que fornecem locais propícios para a proliferação de formas aquáticas do mosquito. As plantas foram responsáveis por todas as coletas de mosquito da dengue em depósitos naturais feitos na Cidade.
Somente este ano na Capital 974 focos do mosquito Aedes aegypti foram encontrados. Dentre os depósitos onde o mosquito foi encontrado, destacam-se depósitos móveis (vasos, pratos, baldes – 43%), depósitos fixos (ralos, piscinas – 25%), lixo (copos, latas – 14%) e depósitos naturais (6%).
Contrariando a crença popular de que bromélias não fornecem ambiente adequado à manutenção e ao desenvolvimento de formas aquáticas de Aedes aegypti, e de que o mosquito vetor pode usar tal recurso (depósito natural) em situações de alta infestação, os dados do município sinalizam a oviposição (colocação de ovos) em bromélias em praticamente todos os bairros de Florianópolis.
A orientação das equipes de agentes do Programa de Controle do Aedes aegypti de Florianópolis é que sejam substituídas as bromélias que acumulam água por outras espécies que não acumulam. Desta maneira, a população estará evitando mais um possível depósito importante na proliferação do mosquito da dengue.