Cresce demanda por avaliação imobiliária no litoral de SC
Com o mercado otimista em relação aos investimentos no setor imobiliário, cresce também a demanda por avaliações para rentabilidade. É o caso da cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, com um dos metros quadrados mais valorizados do país. Veja dicas para avaliar o seu imóvel.
Com o mercado imobiliário superaquecido, a cidade do litoral catarinense de Balneário Camboriú, com seus conhecidos arranha-céus de luxo e alto luxo e um dos mais altos índices de valorização imobiliária do país, teve um aumento de 25% na procura por avaliação de imóveis nos últimos seis meses de 2020 em comparação com o anterior, segundo levantamento da Sort Investimentos, empresa especializada na área.
“A cidade de Balneário Camboriú ganhou ainda mais visibilidade em todo o Brasil neste ano e, com sua vocação turística e novos atrativos em desenvolvimento, a tendência é o valor do imóvel subir ainda mais”, explica Douglas Curi, sócio-diretor da Sort Investimentos.
A alta procura tanto por compra de imóveis quanto por avaliações e oportunidades são provenientes de investidores de várias partes do Brasil, especialmente de Curitiba, Maringá, Cascavel e cidades do interior do Paraná e de outros municípios de Santa Catarina como Joinville, Blumenau, Brusque e Jaraguá do Sul. Também é alta a procura por investidores de outros estados brasileiros como São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.
Muitos dos brasileiros costumam definir o valor do imóvel através da conversa com vizinhos e de buscas na internet. De acordo com Douglas Curi, diretor da Sort Investimentos e perito avaliador, não é uma raridade ver donos de imóveis perderem dinheiro ou tempo na hora da venda.
“É comum ver pessoas terem prejuízos ao negociar uma edificação ou terreno com valor menor do que poderia ter sido vendido. Ou ainda, pessoas com uma propriedade que gera despesas porque o preço do imóvel está inflacionado. Para garantir negociação justa, é importante que o proprietário se adeque ao valor de mercado porque quem delimita o preço de um imóvel não é o proprietário, nem a imobiliária ou o corretor. É uma questão de oferta e demanda”, afirma Douglas Curi.
A avaliação imobiliária profissional, além de garantir a melhor negociação, também é recomendada em casos judiciais. Neste caso, requer o serviço de um profissional certificado pelo Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários (CNAI), mantido pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI), para exercer a profissão de perito.
“O corretor imobiliário tem capacidade técnica para fazer a avaliação de um imóvel, mas quando feito por perito a avaliação também é válida para casos judiciais. É o caso de separações, quando você precisa saber qual é o montante de patrimônio do casal para que a divisão seja correta. Ou quando ocorre disputas por herança, para que a cota seja compatível, caso um dos familiares receba o valor em dinheiro e o outro em bens imobiliários, por exemplo”, explica.
Quem deseja contratar o serviço de avaliação imobiliária precisa se certificar de que a pessoa contratada tenha conhecimento e capacidade técnica necessária para fazer o procedimento. A avaliação de um imóvel por perito custa a partir de um salário mínimo, mas a cobrança pode variar com a complexidade do imóvel. O trabalho possui uma metodologia própria e considera características como: descrição, metragem, ano de construção, localização, documentação do imóvel e qualidade dos móveis.
O processo começa com a visita “in loco” para constatar como está o padrão de acabamento e a qualidade dos móveis. Depois é solicitada a documentação ao proprietário e são realizadas buscas para precificar o imóvel. Segundo Douglas, outro fator relevante é checar se o avaliador domina as informações do mercado da região e conhece de perto a realidade da cidade onde presta o serviço.
“Fazemos duas avaliações: o valor venal e o valor territorial. O valor venal é o imóvel em si, o territorial é de metragem e localização do terreno. Às vezes, tem um imóvel com a mesma metragem e características, mas se ele estiver em um ponto específico o valor territorial dele será maior. Por exemplo: um imóvel em Balneário Camboriú na Avenida Brasil tem o metro quadrado mais caro do que na Avenida do Estado. Ou se for um galpão e a construção estiver localizada em um eixo logístico também terá um valor diferenciado”, explica.
A avaliação costuma demorar de quatro a dez dias.
Douglas Curi, sócio-diretor da Sort Investimentos – imagem: Ângelo Borba