Dia Nacional da Televisão: veja como valorizar e dar um upgrade nos ambientes com a presença do equipamento
O eletroeletrônico que entretém e informa é queridinho nos projetos residenciais
No projeto de home theater da arquiteta Patricia Penna, o projetor faz do ambiente um verdadeiro ‘cinema em casa’. A estrutura áudio visual, o controle de iluminação, sofás amplos e confortáveis e persianas blackout completam a proposta para momentos infindáveis de entretenimento.
11/08 – Dia Nacional da Televisão
Ao longo dos anos, a TV conquistou mais e mais destaque, se tornando um dos principais meios de comunicação, informação e entretenimento do mundo moderno. Aqui no Brasil, o Dia da Televisão é celebrado em 11 de agosto em uma alusão à Santa Clara, aclamada como padroeira da telinha.
E quem é que não gosta de chegar em casa depois de um dia corrido e se sentar para relaxar na frente de uma tela, não é mesmo? Seja para conferir a programação oferecida pelos canais de televisão ou as tantas opções disponíveis nas plataformas de streamings, o aparelho segue presente nas salas de estar e TV, como também nos dormitórios. Mas como aliar conforto e bem-estar durante essas ocasiões? Os profissionais do escritórios PB Arquitetura, Cristiane Schiavoni Arquitetura, Dantas & Passos Arquitetura e Patrícia Penna Arquitetura & Design de Interiores, relacionam as principais dicas que implementam em seus projetos. Acompanhe:
Transformando uma sala de TV: a escolha da tela
Na sala de estar/TV realizada pelos arquitetos Priscila e Bernardo Tressino, do escritório PB Arquitetura, o painel da TV combina com a tonalidade do rack e oculta a fiação. Para completar o décor, a iluminação indireta e um sofá aconchegante, posicionado em uma distância perfeita para o campo visual, garantem a diversão dos moradores.
Em muitos projetos, quando um dos objetivos é a boa divisão dos cômodos da sua casa, a criação de uma sala de TV se torna essencial para separar um espaço específico de contemplação e relaxamento cercado pelos equipamentos certos. “A sala sem TV é mais dedicada à convivência e reunião de pessoas e, por isso, ressalta um décor mais leve composto por sofás, bancos e poltronas. Já o foco da sala de TV é sempre a tela: por isso, nosso processo consiste em elaborar um ambiente concebido com a ideia de relaxamento – desde a disposição do layout, até a definição do mobiliário empregado”, explana Priscila Tressino, do PB Arquitetura.
Segundo ela e seu sócio Bernardo, o primeiro passo para idealizar a sala de TV consiste em avaliar as dimensões do cômodo, considerando aspectos como a distância entre o sofá e a televisão, distribuição dos pontos de elétrica, uso de equipamentos de acústica e iluminação especial. Para protagonizar o projeto, o tamanho do equipamento precisa ser compatível com a área do ambiente – tanto por questões de harmonia entre os itens, como pela comodidade visual. “Não adianta adquirir um aparelho enorme se o espaço é pequeno. É necessário ser compatível e respeitar uma certa distância dos demais objetos”, relaciona Bernardo.
De acordo com a dupla, parâmetros simples direcionam a arquitetura de interiores. No caso da altura, é recomendado que o eixo da TV fique sempre na linha dos olhos – considerando a estatura de uma pessoa na posição sentada, as referências ficam entre 1,20 m e 1,30 m do piso. No quesito distância mínima e máxima, Priscila e Bernardo pontuam as dimensões mínimas de 1,5 m e, a maior de 2,5m. Mas como chegar a elaborar esse cálculo?
Considerando que as telas são indicadas em polegadas, é necessário realizar a conversão em centímetros, onde 1 polegada equivale a 2,54cm. Acompanhe o exemplo para uma TV de 50”:
(50*1,5) * 2,54 = 190,5cm ou 1,90m – em distância mínima.
(50*2,5) * 2,54 = 317,5 ou 3,17m – em distância máxima.
Aconchego nunca é demais
As arquitetas Danielle Dantas e Paula Passos, do escritório Dantas & Passos Arquitetura, investiram no aconchego da madeira para idealizar o home theater. Sofá, uma chaise e o tapete completam a proposta para longas horas de filmes e séries.
Além da televisão, outro direcionamento fundamental envolve a seleção de itens complementares para assegurar o clima confortável. Nessa lista, estão incluídos a aquisição de um sofá macio e profundo, que pode até ser mais amplo para esticar as pernas. “Quanto mais acolhedor melhor. Em salas pequenas, os modelos retráteis respondem bem para quem dispõe de uma sala pequena. A versão com chaise responde super bem para propostas mais amplas, que podem ser complementadas por pufes, usados tanto para se sentar, como apoio para o balde de pipoca”, orienta a arquiteta Paula Passos, do Dantas & Passos Arquitetura.
Como uma peça-chave da sala de TV, é indicado que o sofá seja gostoso ao toque, com encosto mais alto e com um estofado que ‘abrace’ o usuário. “O sofá firme não é indicado para essa finalidade, mas sim para ambientes concebidos para o estar”, indica Danielle, também arquiteta e sócia de Paula. No que tange às cores dos tecidos, a indicação é adotar tons sobre tons sóbrios, que são sempre mais fáceis para combinar.
Para complementar, um tapete com toque agradável ao pisar, uma iluminação adequada e a inclusão de cortinas e persianas blackout para o controle da luz natural são muito bem-vindos na concepção do home theater com ares de cinema.
Em busca da estrutura
Com uma variabilidade de estruturas que podem compor os ambientes, é bom lembrar que cada um tem a sua aplicabilidade. Em geral, os racks são mais empregados por aqueles que possuem muitos aparelhos ligados conectados com a televisão, mas também os suportes diretos na parede são muito vistos em estruturas de alvenaria e drywall – os painéis são sempre soluções eficazes para esconderem melhor a fiação sem precisar quebrar a parede.
Oportuno para apartamentos pequenos e ambientes integrados, os suportes giratórios otimizam o espaço, permitindo que uma televisão possa servir dois tipos de ambientes.
TV nos quartos
Queridinha não só das salas, podemos ver a televisão com frequência nos projetos dos dormitórios. A relação de tamanho de tela e distância da cama pode ser a mesma aplicada à sala de TV, mas para que o morador possa assistir deitado, deve-se elevar para 1,40 m e 1,50 m de altura.
Geralmente, é utilizado suporte para televisão, mas para definir o modelo apropriado é preciso analisar a funcionalidade. “O suporte pode ser fixo de parede, articulado, de teto e até automatizado, a depender da especificidade do projeto. Em casos em que não há uma parede livre para pendurar a TV, ela pode ser instalada de maneira oculta, com flip embutido no forro, ou ainda, dentro da própria porta do guarda-roupa, no projeto de marcenaria”, detalha Priscila, do PB Arquitetura.
Iluminação: praticidade na hora do conforto
Para iluminação correta, a Yamamura, maior megastore de iluminação da América Latina, separou dicas primordiais para melhorar a experiência da sala de TV ou no quarto:
· Opte pela luz indireta, ou seja, aquela que a luminosidade é rebatida e espalhada de forma mais leve no ambiente. A especialista recomenda evitar a luz direta principalmente em cima do sofá, das pessoas, ou em frente à TV, de forma a não ocorrer ofuscamento, reflexos e desconforto;
· Instale peças de iluminação das laterais das paredes, do teto ou do piso como trilhos com spots direcionáveis, arandelas e pequenos pendentes nas laterais dos sofás;
· Utilize a temperatura de cor branco quente (de 2700K a 3000K) e lâmpadas de menor intensidade para garantir maior conforto visual;
· Faça uso da automação e dimerização.
Na elaboração do projeto luminotécnico, deve-se prever que o ambiente será usado para mais de uma finalidade, demandando assim mais de uma opção de iluminação. “Devemos pensar em cenas com iluminação mais intimista, para momentos de relaxamento e uma iluminação guia referencial, que pode ser introduzida por meio de arandelas e balizadores, semelhante à existente nos cinemas convencionais”, finaliza Patrícia Penna.
PB Arquitetura
Telefone: (11) 2311-1178 / (11) 96202-1731
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