Dinheiro europeu. Ministra do Ambiente defende agenda prioritária para a água

Dinheiro europeu. Ministra do Ambiente defende agenda prioritária para a água

Graça Carvalho escusa-se a especular se agenda da água poderia integrar o futuro portfólio de Maria Luís Albuquerque

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho,, defendeu, esta terça-feira, em Bruxelas, que a água deve estar no topo das preocupações do futuro colégio de comissários.

A ministra esteve reunida na Direção-Geral do Ambiente, em Bruxelas, onde defendeu que a Comissão Europeia deve ponderar a disponibilização de mais verbas para que a União Europeia possa lidar com a escassez de água, uma questão de “grande relevância” para Portugal. 

Por agora, a ministra escusa-se a falar sobre a distribuição de pastas para os comissários europeus, ou mesmo se a água poderia integrar o futuro portifólio  de Maria Luis Albuquerque. A ministra defendeu mesmo é que havia um maior volume de verbas para que no futuro os europeus não tenham de lidar com os problemas ligados à escassez de água.

“Todos precisamos de água, seja a indústria, seja o turismo, seja a agricultura, a nossa vida, a nossa saúde, dependem da qualidade e da existência da água”, afirmou a governante, assinalando que se trata “mesmo [de] algo transversal”.

“A própria Defesa”, que deverá ter uma dotação orçamental significativa no futuro Quadro Financeiro Plurianual também está relacionada aos problemas ligados à água. “E a não existência de água, pode ser, e já é em muitas partes do mundo, uma causa de conflitos”, alertou, considerando que “para evitar que isso aconteça, temos que ter acesso a uma quantidade de água suficiente e de qualidade”.

Maria da Graça Carvalho considerou, por isso, os problemas ligados à água devem estar incluídos como prioridade na distribuição de pastas dos futuros comissários. Contudo, escusou-se a dizer se essa responsabilidade encaixaria bem no perfil de Maria Luis Albuquerque, nomeada pelo primeiro-ministro como futura comissária europeia.

Agora admite que “a água é uma prioridade para Portugal”. Por outro lado, entende que “nem sempre aquilo que é a prioridade [nos portfólios na Comissão Europeia] é aquilo que deve ficar para Portugal, porque às vezes os comissários até podem ter mais interferência se não for a sua própria pasta”, sublinhou.

O que espera é que o próximo Quadro Financeiro Plurianual tenha uma parcela significativa dedicada ao tópico da água, defendendo que os problemas ligados à água e à seca devem estar no topo da agenda europeia.

“Sabemos que a água vai ter um papel importante numa das pastas de um dos comissários. O que nós pedimos é aproveitando [o que está disponível] noutros programas”, possa desde já “ser usado para a água”. E, no futuro, “seja tido em conta no orçamento [de longo prazo]”. Entretanto, “enquanto não tivermos um instrumento no orçamento dedicado à água, que haja uma prioridade no Banco Europeu de Investimento”, rematou. 

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