FMI aprova recursos para aliviar a dívida de 25 países pobres
O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta segunda-feira (13) a aprovação de fundos para aliviar a dívida de 25 países entre os mais pobres do mundo, quase todos na África, permitindo-lhes destinar seus recursos para combater a pandemia do novo coronavírus.
“Isto proporciona subvenções aos nossos membros mais pobres e vulneráveis para cobrir suas obrigações de dívida com o FMI durante uma fase inicial nos próximos seis meses e os ajudará a destinar uma parte maior de seus escassos recursos financeiros aos seus esforços de emergência médica e de ajuda”, destacou em comunicado a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva.
Os 25 países beneficiados pela medida são: Afeganistão, Benin, Burkina Faso, República Centro-africana, Chade, Comores, República Democrática do Congo, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissai, Haiti, Libéria, Madagascar, Malauí, Mali, Moçambique, Nepal, Níger, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Serra Leoa, Ilhas Salomão, Tadjiquistão, Togo e Iêmen.
O Fundo, juntamente com o Banco Mundial, pediu aos países ricos que parem de cobrar pagamentos de dívidas dos países pobres de 1º de maio a junho de 2021.
O alívio da dívida será financiado pelo Fundo de Contenção e Alívio de Catástrofe do FMI (CCRT), que foi criado pela primeira vez para combater o surto de Ebola na África Ocidental em 2015 e foi reajustado para ajudar os países a se defenderem do COVID-19.
Atualmente, esse fundo tem US$ 500 milhões, sendo Japão, Reino Unido, China e Holanda seus principais contribuintes.
“Peço a outros doadores que nos ajudem a reabastecer os recursos do fundo e aumentem ainda mais nossa capacidade de fornecer alívio adicional do serviço da dívida por dois anos aos nossos países membros mais pobres”, solicitou Georgieva.
Na semana passada, o Banco Mundial anunciou que distribuirá US$ 160 bilhões em ajuda de emergência em 15 meses para ajudar os países afetados pelo vírus, incluindo US $ 14 bilhões em pagamentos de dívidas de 76 países pobres para outros governos.
Foto: Diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, em 23 de março de 2020.
AFP/Arquivos / Brendan Smialowski