Governo, estados, municípios e sociedade civil se unem pelo Dia D contra a Dengue

Governo, estados, municípios e sociedade civil se unem pelo Dia D contra a Dengue

Evento será em todo o país no sábado, 2 de março, e espera contar com apoio maciço de agentes de saúde, influenciadores, comunicadores locais e autoridades.

Uma ação integrada de mobilização nacional em todas as 27 Unidades da Federação. Uma iniciativa que transcende as três esferas de governo e convoca sociedade civil, influenciadores digitais, mídia e atores locais para conscientizar a população sobre características da dengue e procedimentos de prevenção.

Com eles, a participação maciça de agentes de saúde, ministros, governadores, governadoras, prefeitos, prefeitas, secretários e secretárias, de modo que possam se somar como porta-vozes do combate ao mosquito Aedes aegypti. Esses são os pontos principais do Dia D de Mobilização Contra a Dengue, que será neste sábado, 2 de março, em todo o Brasil, promovido pelo Governo Federal sob liderança do Ministério da Saúde.

Nesta quarta-feira, 28 de fevereiro, a ministra Nísia Trindade (Saúde), em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), participou de um evento em Brasília para detalhar as ações do Dia D. A ministra conclamou que todas as esferas de poder devem estar unidas, sem exceção, para garantir o sucesso da iniciativa, classificada como determinante pela pasta para o controle da dengue no Brasil.

“O Dia D é fundamental para essa unidade que construímos aqui. Eu acho que nenhum estado poderá estar fora desse esforço. Se há uma coisa que deve nos unir no Brasil, e isso, na minha visão, é política com P maiúsculo, é mostrarmos essa unidade para a população, que Governo Federal, governos estaduais, prefeituras podem e devem trabalhar juntos nessa ação. Vamos estar, de fato, unidos contra a dengue”, frisou.

AGENTES – Nas últimas semanas, o Ministério da Saúde promoveu uma ação de comunicação focada nos “10 minutos contra a dengue”, com orientações específicas sobre como a sociedade pode atuar no combate ao mosquito. Entre as ações que todos podem tomar estão colocar areia no pote das plantinhas, olhar se a caixa d’água está tapada, amarrar o lixo, de modo a evitar que o Aedes aegypti encontre condições ideais para reprodução.

Segundo o 3º Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) e o Levantamento de Índice Amostral (LIA) do Ministério da Saúde, 75% dos criadouros do mosquito da dengue estão nos domicílios, como em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, canos e outros).

Agora, no Dia D, a intenção é partir para o corpo a corpo com os cidadãos, de modo que os agentes possam visitar os domicílios, conversar com a população, fazer uma ação de conscientização. “Nós precisamos que os agentes sejam os protagonistas desse dia. Os agentes são aqueles que vão entrar na casa das pessoas e têm um vínculo já bastante importante nesses territórios”, afirmou Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.

CURVA – Até a terça-feira (27/2), o Ministério da Saúde contabilizava 973.347 casos prováveis de dengue em todo o Brasil, com 195 óbitos confirmados e outros 672 em investigação. Segundo Ethel Maciel, a Organização Mundial de Saúde (OMS) determina que a taxa de letalidade da doença não pode ultrapassar 1%. Em 2023, esse percentual foi de 0,07 e, em 2024, até aqui, é de 0,02. No ano passado, o pico dos casos de dengue no Brasil se deu entre o fim de março e o começo de abril, precisamente entre as semanas 15 e 16, quando foram registrados 111.830 casos. Em 2024, a sétima semana do ano, iniciada em 11 de fevereiro, registrou 182.246 casos, o recorde entre as oito semanas analisadas até o momento.

AÇÕES COORDENADAS – Segundo Ethel Maciel, desde o ano passado o Ministério da Saúde já tinha ciência de estudos que mostravam que, principalmente devido às mudanças climáticas, em especial relacionadas ao aumento de temperatura em estados e municípios, a reprodução do mosquito poderia ser facilitada. Isso explica essa antecipação da curva do pico de casos em 2024 em relação a 2023. Desde então, o Governo Federal tomou uma série de iniciativas preventivas e de respaldo a estados e municípios.

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