“Não há nenhuma empresa que esteja 100% segura.” Ciberataques crescem na Europa pelo oitavo ano consecutivo

Um estudo da Marsh aponta que houve um aumento de 1% destes sinistros no ano passado. Contudo, o número de ataques este ano já representa 70% do total de 2023. À TSF, o especialista em ciber-risco da Marsh Portugal refere que ainda há “um longo caminho a percorrer”

O número de ciberataques tem aumentado na Europa desde 2016. São dados da Marsh, uma empresa internacional de corretagem de seguros e consultoria de risco. No ano passado, foi registado um aumento de 1% de ciberataques face a 2022. Porém, só no 1.º semestre deste ano, o aumento de sinistros representa já 70% do valor total de 2023. 

Em declarações à TSF, o especialista em ciber-risco da Marsh Portugal Luís Sousa acredita que a tendência é que o número de ataques informáticos continue a aumentar e alerta que estão a ficar cada vez mais sofisticados, uma vez que o setor “é altamente dinâmico”. “Não há nenhuma empresa que esteja 100% segura, temos todos que ter consciência disso”, diz. 

Contudo, Luís Sousa considera que, apesar de ainda haver “um longo caminho a percorrer”, as empresas estão cada vez atentas à evolução deste fenómeno e ao desenvolvimento tecnológico. “O investimento [em cibersegurança] tem vindo a aumentar. Os responsáveis máximos das organizações, mesmo nas maiores tecnológicas do mundo, estão salvaguardados. Eu acredito também que estarão cada vez mais capacitadas para responder e recuperar de um ataque.” 

Neste contexto, o especialista em cibersegurança partilha que há mais organizações que têm implementado os controlos mínimos de segurança. “Se falássemos há dois anos, eu diria que mais de 50% não tinham esta capacidade, porque consideravam que não eram necessários ou importantes para a organização”, afirma. 

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