Nossas desculpas financeiras
Poupar pensando no amanhã não é algo natural do ser humano. Em um passado não muito distante nossa expectativa de vida beirava os 40 anos, o que fazia com que a poupança para o longo prazo realmente não tivesse sentido.
No início da década de 90 o país ainda sofria com altos índices de inflação, o que serviu de base para reforçar ainda mais a ideia de gastar logo o que se ganhava antes de haver grandes perdas de valor.
Contudo, com uma economia mais estável e uma expectativa de vida cada vez mais longa, essas “regras” do passado devem ser deixadas de lado, e devemos evitar enganar a nós mesmos com algumas desculpas.
A renda não é suficiente: é claro que uma renda mais elevada gera mais conforto e maiores possiblidades de poupança, mesmo assim, não é difícil encontrar alguém que possua uma renda igual ou inferior a nossa e que tenha uma vida financeira organizada, ou pelo menos sem dívidas.
Começo no próximo mês:essa é talvez a desculpa mais comum, e pode ser aplicada em qualquer outra situação como o início de uma dieta, ou das atividades na academia. O fato é que não existe momento certo para dar o primeiro passo, quanto mais cedo começar melhor o resultado.
Devemos pensar positivo: outra desculpa comum é viver o hoje e esperar que os problemas futuros se resolvam naturalmente ou com uma ajuda divina. Ter fé e acreditar em sua capacidade é essencial, porém, fazer algo que ajude a si mesmo e alcançar os próprios objetivos é ainda mais importante.
Há inúmeras outras formar de justificar a falta de poupança, cada uma mais elaborada que a outra, mas no fim, sabemos que o maior prejudicado acaba sendo nós mesmos, por isso vale a pena deixar as desculpas de lado e começar a buscar argumentos que lhe ajudem a sair de onde está. Pois, se algo lhe incomoda você deve buscar outro caminho se quiser um resultado diferente.
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