Programa Estuário do Rio Camboriú 2030 é apresentado à EMASA
Um estudo sobre o Rio Camboriú, que abastece mais de 200 mil pessoas das cidades de Balneário Camboriú e Camboriú, foi apresentado na última semana à direção da Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMASA). Denominado “Programa Estuário do Rio Camboriú 2030”, o estudo foi desenvolvido pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), sob a coordenação do Professor Dr. Marcus Poletti.
Por meio de amplo diagnóstico retratando a real situação que se encontra o rio, visa a Recuperação; Revitalização; Restauração; e Proteção do Rio Camboriú. “É o maior diagnóstico socioambiental já feito no rio até o momento e que pretende ser um modelo inédito de monitoramento nos estuários brasileiros. Contempla por exemplo, os 14 hectares de manguezais; a avifauna com 93 espécies de aves; os costões da Barra e algo muito importante, a qualidade do rio, bem prejudicada atualmente”, completa Poletti, ressaltando a necessidade urgente de um programa de gestão e monitoramento de longo prazo, para entender e melhorar a qualidade ambiental do rio.
Segundo o professor Poletti, o programa será baseado nos objetivos de desenvolvimento sustentável, com a oportunidade de integrá-lo a proposta do Masterplan, tornando-se um marco para o Município. “Ambos possuem o conceito de qualidade ambiental urbana e bem-estar, tendo como base a recuperação do rio. E desta forma, conservá-lo sem impactos de grandes obras ao longo dele, fazendo com que o rio seja mais um ponto de atração do Município, por isso, precisa ter uma boa qualidade ambiental”.
O Programa seguirá três grandes premissas: monitoramento constante do estuário e enseada; desenvolvimento de sistema de indicadores para acompanhamento e tomada de decisão; e um programa de comunicação e educação ambiental. “Teremos um programa integrado de monitoramento, para entendermos quais são os desafios do poder público municipal das duas cidades, com possíveis soluções e medidas que precisam ser tomadas pelos próximos 10 anos, para garantia dos recursos hídricos”, destacou o responsável.