Rangel “surpreendido” com críticas de Pedro Nuno: “Foram o maior tiro ao lado nesta pré-campanha”
“O primeiro-ministro deu uma resposta à altura”, defende o ministro dos Negócios Estrangeiros

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, assume estar “absolutamente surpreendido” com as críticas feitas pelo líder do PS à gestão da crise energética. Considera mesmo que estas considerações foram “o maior tiro ao lado” de Pedro Nuno Santos.
O governante considera que os portugueses podem reconhecer si próprios o “estilo firme, de que manteve a calma numa altura muito exigente” com que o Governo lidou com uma das situações “mais exigentes dos últimos tempos”. As ilações do líder dos socialistas são por isso, na sua visão, um “aproveitamento político paroquial e provinciano”.
“O primeiro-ministro deu uma resposta à altura”, defende, destacando que também o ministro da Presidência procurou falar ao país de forma imediata através das rádios.
A decisão de manter a central da Tapada do Outeiro em funcionamento, por exemplo, foi “crucial” para garantir o restabelecimento da energia num “horário aceitável”. Fala por isso numa resposta “estrutural do Governo” e afirma que as declarações de Pedro Nuno Santos só podem resultar de um “ato de desespero”, que não contribuem para o sentido de Estado, e que são mais “próprias” de um partido como o Chega.
Garante ainda que, da parte do PSD, houve desde sempre um “denuncia clara” da estratégia de interligação energética de António Costa. Do plano interno, diz, é preciso criar “mais autonomia energética”.
Sobre a recomendação de Bruxelas para a criação de um kit de emergência, Paulo Rangel afirma que a medida faz “todo o sentido”, mas esclarece que não se trata de um “alarmismo” para acautelar um “cenário de guerra”.
Elogia ainda a reação do país, que foi “madura”.