SCGÁS lança chamada pública para adquirir novos volumes de gás natural
Nesta quinta-feira (29), a Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGÁS) lançou uma chamada pública para aquisição de volumes adicionais de gás natural. O edital é necessário para cumprir a demanda pelo insumo no Estado, já que o gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), que transporta o gás pelo território catarinense, está operando acima do limite.
Em setembro, Santa Catarina registrou o maior consumo de gás natural da história, com uma média diária de 2,1 milhões de m³. Atualmente, a Petrobras está conseguindo fornecer temporariamente os volumes excedentes – o contrato prevê 2 milhões de m³ diários – pois possui outros contratos de transporte que vem apresentando sobra de capacidade nos últimos meses, mas o produto poderia faltar em breve já que a supridora não teria como garantir o fornecimento.
As propostas podem prever suprimento via Gasbol, com a injeção do gás natural diretamente nos pontos de entrega da SCGÁS, ou ainda a partir dos modais GNL (Gás Natural Liquefeito) ou GNC (Gás Natural Comprimido). A formalização das propostas no edital devem ser feitas até o dia 30 de novembro.
A quantidade inicial estimada pela SCGÁS é de 150 mil m³/dia, com possibilidade de ampliação dentro do prazo de contratação de cinco anos. Segundo a empresa, a intenção da chamada pública é atender a demanda no curto prazo.
Para o futuro, a Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) já sinalizou a possibilidade de investimentos para ampliar a capacidade do Gasbol, mas a projeção é de que essas obras sejam concluídas somente após 2024.
A longo prazo, outra medida que pode garantir mais oferta do insumo é a nova lei do gás, que tramita no Congresso Nacional. A matéria já passou pela Câmara dos Deputados e agora está no Senado.
“Estamos conversando com os senadores de Santa Catarina sobre a importância da agilidade da aprovação dessa legislação, dada a relevância do gás para a indústria catarinense”, disse o presidente da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar. O setor industrial consome cerca de 80% do insumo no Estado.