Síria captura “elemento perigoso” do grupo extremista Estado Islâmico
A operação seguiu-se a “meses de vigilância e acompanhamento” do suspeito, identificado como Hasan Jafli, conhecido como Abu Abdo
As Forças Democráticas Sírias (FDS) reivindicaram esta terça-feira a captura de um “elementos perigoso” do Estado Islâmico numa operação contra “células adormecidas” do grupo extremista em Raqqa, no norte do país.
A operação seguiu-se a “meses de vigilância e acompanhamento” do suspeito, identificado como Hasan Jafli, conhecido como Abu Abdo.
“Assim que foi confirmado o esconderijo, as nossas unidades realizaram uma rusga e conseguiram capturá-lo”, disseram as FDS num comunicado citado pela agência de notícias espanhola Europa Press.
Jafli “estava diretamente envolvido na produção de explosivos com TNT, distribuídos a células do Estado Islâmico”, acusaram as FDS.
Os explosivos eram usados pelo Estado Islâmico, também conhecido pelo acrónimo árabe Daesh, “para ataques contra postos de controlo militar, instalações das Forças de Segurança Interna, veículos e concentrações de civis”, referiram.
No local, as FDS apreenderam 180 blocos de TNT, detonadores e outros materiais usados para a produção de explosivos.
Jafli operava a partir do esconderijo, que usava “como base para os seus planos criminosos, concebidos para fomentar o medo e desestabilizar a região”.
As FDS reafirmaram a “determinação em perseguir e desmantelar todas as redes terroristas, golpear decisivamente os recursos e infraestruturas, e salvaguardar a segurança e estabilidade da região”.
As FDS têm acusado o Estado Islâmico de tentar explorar a instabilidade na Síria após a queda do regime de Bashar al-Assad, em dezembro de 2024.
O regime de Al-Assad, que se exilou na Rússia, caiu na sequência de uma ofensiva de extremistas e rebeldes liderados pela coligação Hayat Tahrir al-Sham (HTS), cujo dirigente, Ahmad al-Sharaa, assumiu a presidência de transição.
