Você sabe a diferença entre “Enquete” e “Pesquisa” eleitoral?
Pesquisas são processos importantes para que gestores possam tomar decisões assertivas. Há pesquisas de todas as formas e jeitos, mas desde que tenham garantias em ciência e método, desde que sejam testadas, nos permitem assumir direção na caminhada que temos que percorrer na vida. Empresários e gestores públicos sabem muito bem disso.
As pesquisas organizam os processos que sempre estão ao nosso redor, colocam cada coisa em seu lugar e possibilitam fazer correlações entre pontos que, sozinhos, não conseguiríamos executar com facilidade. Pesquisas evitam tomar decisões por intuição ou por preferência pessoal porque colocam diante de nós fatos e correlações de fatos que vivem fora das nossas emoções e, muitas vezes, desejos.
Os resultados de pesquisas seguras e científicas seguem roteiros bem definidos de amostragem, elaboração rigorosa de questionários ou formulários, planejamento de coleta de dados, técnicas de abordagem, controle de qualidade, sistematização de dados e, por fim, elaboração de relatórios. É preciso mais do que boa vontade para se obter pesquisas confiáveis.
Enquetes são formas nada rigorosas de se produzir resultados. Não há controle sobre a obtenção de dados e uma mesma pessoa pode responder muitas vezes a mesma pesquisa. Como não se pode ter controle metodológico sobre quem responde e como responde, todo o resultado fica sob suspeição, dúvida e não serve para ajustes de posicionamentos ou para se tentar entender qualquer situação que se procura pesquisar. Enquete contribui mais para confundir do que para informar.
E todos os que se preocupam com a qualidade da informação, especialmente jornalistas ou pessoas que atuam em comunicação, deveriam prezar pela ética e pela qualidade da informação para seus leitores. Isso seria o mínimo de respeito com as palavras que se escreve e com as pessoas que leem o que está escrito.
Edição: Lierge Coradini