Fim da Renda Fixa?
O novo corte na taxa de juros pode deixar o investidor conservador cada vez mais apreensivo, vendo os ganhos “garantidos” diminuindo cada vez mais. Enquanto isso, o próprio ministro da economia promete mais cortes nos próximos meses.
Apesar de ser ótimo para economia, já que aumenta a possibilidade de crédito mais barato os juros baixos podem colaborar para alta da inflação, então o receio de ter uma taxa de juros abaixo dos 5% no curto prazo é algo difícil de ocorrer.
Mesmo que a taxa continue caindo, o que importa para o investidor é o seu ganho real, ou seja, aquilo que o investimento gera acima da inflação, então se esse indicador acompanhar a queda dos juros, o cenário não será tão ruim.
Agora, será mesmo que uma taxa de juros lá embaixo pode trazer o fim dos investimentos de renda fixa?
Para responder isso, podemos olhar para os países de primeiro mundo, onde a economia é mais desenvolvida e estável. Mesmo com taxas beirando os 1,5% a 1% ao ano, os títulos e produtos de renda fixa continuam a existir.
Isso acontece por alguns motivos. Sendo um deles a existência do investidor conservador, que irá sempre preferir ganhar pouco a ver seu dinheiro oscilando. O outro ponto é que, independente da taxa anual, a reserva de emergência precisa estar alocada em um produto de renda fixa, caso contrário há o risco de não ter dinheiro disponível em um momento de necessidade.
Outro ponto, e não menos importante, a economia sempre passará por momentos bons e ruins, e em cenários de instabilidade sempre poderemos contar com o porto seguro dos produtos de renda fixa.
Por isso, independente da taxa que está sendo paga, os ativos da renda fixa terão sempre espaço na carteira, sejam títulos públicos ou privados, cabe ao investidor saber usar o melhor deles para atender seus objetivos.
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