Agosto foi o mês mais mortal da pandemia em Santa Catarina

Agosto foi o mês mais mortal da pandemia em Santa Catarina

Estado registrou 1.031 óbitos pela doença no último mês. Número representa uma morte a cada 43 minutos.

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), Santa Catarina registrou, em agosto, 1.031 óbitos por Covid-19. Isto significa que a cada 43 minutos, uma pessoa morreu de Covid no Estado. Este é o maior número de mortes em um mês desde o início da pandemia, superando julho, quando foram registrados 883 óbitos pela doença.

O último mês também registrou 40,8 mil casos confirmados, menos da metade das 89,7 mil confirmações de julho. O número, entretanto, deve aumentar, já que os casos são atribuídos ao dia em que os pacientes começam a sentir os primeiros sintomas.

No dia 31 de julho, por exemplo, a SES divulgou que o Estado totalizava 84 mil casos da doença, porém, os dados atualizados mostram que o Estado já possuía 139,5 mil casos de Covid-19 naquela data.

A doença também continuou avançando em território catarinense. Todos os 295 municípios do Estado já registraram pelo menos algum caso. Além disso, mais de dois terços (209) das cidades já tiveram pelo menos um óbito por Covid-19 em Santa Catarina.

Ocupação de leitos de UTI

A boa notícia para o Estado é a redução na ocupação dos leitos de UTI. O mês de agosto finalizou com uma taxa de ocupação de 70,1%, uma queda em relação aos 81,7% registrados no fim de julho. O número de leitos ocupados por pacientes com Covid também caiu, passando de 525 no final de julho para 419 no fim de agosto.

Com a diminuição da demanda hospitalar, o governo do Estado afirmou que irá recolher de hospitais equipamentos de combate à Covid relativos a leitos que não foram habilitados pelo Ministério da Saúde.

Durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de SC (Alesc) nesta quarta-feira (2), o secretário André Motta Ribeiro, ressaltou que os materiais são relativos aos cerca de 120 leitos de UTI que estão parados por falta de medicamentos e de profissionais de saúde. Outra razão para frear a abertura de leitos seria a sinalização de que a doença arrefeceu no Estado.

“Eu quero avisar aos hospitais e aos senhores que provavelmente esses leitos não serão mais ativados. Já estamos no mês de setembro e o próprio Ministério de Saúde sinaliza que quando não há ativação de leitos nem comprovação de ocupação ou série histórica, esses leitos passam a não fazer sentido dentro da rede de enfrentamento Covid”, disse Ribeiro.  

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