Concretização do recebimento do primeiro navio em Balneário Camboriú impulsionou o Governo Federal a abrir licitação para Porto Turístico

Concretização do recebimento do primeiro navio em Balneário Camboriú impulsionou o Governo Federal a abrir licitação para Porto Turístico

O corpo técnico da PDBS – Ports Developed by Shiphandlers, empresa inventariante do projeto BC PORT, convidado para reunião na Marinha em Itajaí, dia 08/02, onde estavam presentes MSC Cruzeiros, Costa Cruzeiros e CLIA (Cruise Lines International Association), tomou ciência de uma notícia desanimadora: “A Marinha do Brasil não tinha autorizado a ancoragem do Navio MSC Preziosa (previsto para o dia 06/04)” – Conforme consta em ata de reunião.

 

Ata da reunião organizada pela Marinha em Itajaí, onde houve manifestação daquele órgão pela não autorização da manobra de navios

 

Apesar de bem-intencionada, infelizmente o grupo BONTUR/Tedesco não possuía os estudos batimétricos e de manobras de simuladores de navios necessários para uma Licença de Operação (LO), como distâncias e marcações RADAR, estimativas de círculo de giro do navio ao redor da âncora, etc., necessários aos olhos da Marinha.

Dentre os motivos que pautavam a decisão daquela Autoridade, era o fato de que a Praticagem de Itajaí havia diagnosticado o provável encalhe do navio se ancorado na posição sugerida pelo grupo BONTUR/Tedesco, e alertado que a Enseada de Camboriú nunca havia sofrido uma varredura SONAR-SIDE-SCAN (SSS) o que implicaria em risco de encontrar rochas durante a aproximação, podendo atingir o casco. Outro ponto a ser observado é que a autorização também dependia da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ.

Estarrecido com a notícia, o Diretor do Departamento Marítimo da PDBS, Cmte. Ricardo Alan Dal Bó, imediatamente disponibilizou os estudos batimétricos e de simulação de manobras da PDBS, sugerindo outro ponto de ancoragem mais afastado da costa, com o intuito de ajudar a reverter a decisão da Autoridade Naval.

“Os investidores do BC PORT ficaram muito animados com a vinda dos navios mesmo antes do porto estar pronto. O cancelamento da escala por qualquer motivo, prejudicaria o BC PORT e a nossa cidade, por isso não medimos esforços em ajudar a outra empresa” – relatou o Comandante.

Ao final da reunião, a Marinha aceitou os estudos ofertados pela PDBS/BC PORT, que reposicionava a ancoragem do navio (dessa vez mais afastado da costa que a proposta inicial do grupo BONTUR/Tedesco). Entretanto, condicionou a escala do navio à efetivação de uma varredura SONAR-SIDE-SCAN (SSS) da área de manobra.

A BONTUR, nesse ponto, foi efetiva. Prontamente contratou a Acquaplan, empresa especializada da região, para efetuar os estudos que faltavam e que possibilitariam a vinda do MSC Preziosa.

Paralelamente, contribuindo com o processo, no dia 21 de fevereiro, André Guimarães Rodrigues, Presidente da PDBS, protocolou junto à ANTAQ documento que, além de afirmar a possibilidade concomitante das duas propostas de IPTUR (de ambas empresas PDBS e BONTUR), sugeria ainda a relocação do Ponto de Fundeio inicialmente proposto pela BONTUR, onde, como Cientista Náutico, afirmava sua viabilidade.

Parte dos estudos desenvolvidos pela PDBS para demonstrar a viabilidade da Enseada de Camboriú para fundeio de navios

 

O impasse: As empresas de Navegação estavam prestes a desistir da escala em Balneário Camboriú, por não possuir carta náutica de região (política das seguradoras dos navios).

André, sendo Prático de Manobras de Navios do Porto de Santos-SP, prontamente se reuniu com as empresas MSC e Costa, entregando os planos de navegação, demonstrando sua viabilidade e instruindo os comandantes de como a manobra em Camboriú deveria ser feita pelo RADAR.

Na verdade, a decisão da PDBS em ajudar a outra empresa a viabilizar a escala do navio foi independente da vontade de Rodrigues ou Ricardo. Constatou-se que a atitude partiu de uma decisão estratégica tomada em assembleia pelo consórcio BC PORT, que há tempos encontrava “dificuldades” em requerer a abertura de licitação da ANTAQ, pois não conseguia comprovar documentalmente para o Governo Federal que a Cidade de Balneário Camboriú era favorável à atividade receptiva de navios de cruzeiros.

 “A concretização do recebimento do navio, mesmo que por outra empresa, era imprescindível para comprovar o parecer favorável do município, o que faltava para a ANTAQ abrir a licitação. Era algo que tinha que acontecer!“ disse o Prático André.

Finalmente, no dia 06/04, o navio MSC Preziosa ancorou e desembarcou seus passageiros, a Autoridade Municipal manifestou-se favorável à atividade receptiva de Cruzeiros na Barra sul de Balneário Camboriú, a Marinha e ANTAQ tiveram a referida comprovação da vontade do município em relação à atividade, e o Governo Federal abriu a licitação de um porto turístico na região.

Parabéns a Balneário Camboriú!

OBS: a ata do Conselho da Cidade que se refere à aprovação unânime do BC PORT se encontra no site da prefeitura, podendo ser verificada sua validade por qualquer cidadão.

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