“Faz Escuro”: Fundação Bienal de São Paulo anuncia lista de artistas da 34ª edição
A Fundação Bienal de São Paulo anunciou no último dia 27 a lista completa de artistas participantes da 34ª edição, com o tema Faz Escuro, mas eu canto, composta por 91 nomes (sendo 2 duos e 1 coletivo) de 39 países. A edição, iniciada em fevereiro de 2020, culminará na mostra coletiva que vai ocupar todo o Pavilhão Ciccillo Matarazzo a partir de setembro de 2021, simultaneamente à realização de exposições individuais em instituições parceiras na cidade de São Paulo.
Segundo os organizadores da Bienal, entre os artistas da edição, todos os continentes, exceto a Antártica, estão representados, com distribuição equilibrada entre homens e mulheres e uma parte (4%) se identificando como não binária. “Esta será ainda a Bienal com a maior representatividade de artistas indígenas de todas as edições com dados disponíveis, com nove participantes de povos originários de diferentes partes do mundo”, dizem os organizadores.
O curador da Bienal, Jacopo Crivelli Visconti, disse que a lista de convidados foi elaborada com sentido de urgência, com base nos acontecimentos dos últimos meses, para estabelecer pontes entre obras e artistas que refletem múltiplas cosmovisões, culturas e momentos históricos.
“O processo de colocar em relação e ressonância todas essas vozes foi intenso e estimulante, vivificando um dos conceitos de Édouard Glissant que mais nos inspirou nesse caminho: o de que falamos e escrevemos sempre na presença de todas as línguas do mundo”.
O ano de 2021 marca também o aniversário de 70 anos da 1ª Bienal (1951). Segundo Glissant, ao longo dos últimos 70 anos as bienais de São Paulo adaptaram-se aos tempos – e sua capacidade de mudança e sua abertura ao novo –, que asseguraram que a mostra mantivesse sua relevância artística e cultural.
“A 34ª Bienal de São Paulo, de alguma forma, simboliza isso: face a tempos desafiadores, encontramos maneiras de nos mantermos fiéis à proposta desta edição sem, no entanto, ficarmos presos em ideias e projetos que haviam perdido sua pertinência no novo contexto global”.
Catálogo digital tenteio
Devido à pandemia de covid-19, a programação digital da Bienal foi intensificada, permitindo novas formas de conexão com o público, que tende a continuar aumentando. Por isso, neste ano foi lançado um catálogo inteiramente digital para uma Bienal de São Paulo, com 130 publicações ao longo de 70 anos de história. A publicação compõe uma narrativa visual e textual, formada por contribuições de todos os artistas participantes da 34ª Bienal, elaboradas exclusivamente para a ocasião.
“Pretendemos dar continuidade nas próximas edições. A realização do catálogo digital tenteio é, sem dúvida, uma das iniciativas que não estavam previstas no projeto inicial, mas não apenas estão de pleno acordo com ele como também é capazes de expandir seu alcance”, afirmou o presidente da Fundação Bienal de São Paulo, José Olympio da Veiga Pereira.
A lista de artistas participantes pode ser acessada em http://imgs.fbsp.org.br/files/ca49b5630cb0de190786a0992c9991be.pdf
Já o catálogo digital tenteio deve ser acessado no https://issuu.com/bienal/docs/34bsp_tenteio_pt
Edição: Nélio Andrade/Agência Brasil