Guerra Fria 2.0 : Guerra Nuclear

Guerra Fria 2.0 : Guerra Nuclear


Hoje todos sabemos que a 2ª Guerra Mundial começou quando Hitler invadiu a Polônia, pois já sabemos o inicio e fim desta Historia. Mas e se você vivesse naquela época? Entre os contemporâneos poucos suspeitaram que um conflito global iniciara. Tratava-se apenas de mais uma Guerra na Europa, diziam os americanos. Porém, o tempo mostrou a real profundidade do acirramento entre as Potências.
2019, o mundo acredita que a pior fase da relação das duas superpotências nucleares, Estados Unidos e Rússia, é coisa do passado. Que a queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviética terminaria com a Guerra Fria, com o risco de uma Guerra Nuclear, e finalmente alcançaríamos a tão sonhada Paz Mundial. Grandes Guerras seriam coisas de livros de História. Mas se analisarmos os eventos militares e diplomáticos após 1989 podemos constatar a grande traição por parte dos EUA. E que a relação entre Moscou e Washington nunca esteve pior.
Se observarmos durante a “Cortina de Ferro “, a União Soviética ( Rússia ) dominava toda a Europa após Berlim e quase todo o mundo Árabe. Porém logo após o “Tratado de Paz” de 1989, o que vimos foi que, enquanto a Rússia recuperava-se de uma gravíssima crise econômica que beirava a guerra civil, os Americanos aproveitaram e conquistaram, por guerras ou alianças, quase todos os ex-aliados da Russia. A invasão da OTAN (EUA + Europa) contra a pequena Sérvia causou estarrecimento aos seus parentes Russos. Iraque 1991 e 2002. Afeganistão. Líbia. Síria sob o pretexto “ISIS”. Finalmente Ucrânia. A expansão da OTAN cercando a Rússia, trazendo bases militares perto de suas fronteiras. O Fim do “ABM Treaty” por parte dos EUA em 2002, que regulava a não proliferação dos Mísseis Nucleares Intercontinentais. O recente fim do “INF Treaty” oficializa uma nova corrida armamentista. A Rússia está encurralada, e está mostrando todos os sinais que se prepara para a retaliação. E se, ou quando isso acontecer, o mundo como conhecemos jamais será o mesmo.

Por: Daniel Veloso Martins

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