Krelling quer mais empresas atuando no sistema prisional para que presos trabalhem em SC

O vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Krelling (MDB), esteve nesta semana no complexo prisional de Joinville, para fiscalizar como estão as atividades de ressocialização, empregabilidade e de cumprimento de penas dos mais de 2,7 mil detentos da cidade.

O superintendente regional norte da Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social foi quem recepcionou e a acompanhou a visita do deputado.O parlamentar conversou com a equipe técnica do Presídio Regional de Joinville, Presídio Feminino de Joinville e da Penitenciária Industrial de Joinville, e falou com líderes das empresas que atuam nas unidades, gerando empregabilidade e renda aos detentos.

“Unidades prisionais não podem ser depósitos de presos. Os apenados que estão em processos de ressocialização precisam ocupar a mente, trabalhar, produzir, gerar recursos para si e para ajudar os custeios de sua passagem pelo presídio ou penitenciária”, faz questão de enfatizar Fernando Krelling.

Para o deputado joinvilense, oportunizar que mais empresas atuem nestes espaços é papel do Estado, e isso é fundamental, tanto para a sustentabilidade do sistema prisional, penitenciário quanto para a reinserção do apenado à sociedade. “Um interno custa ao Estado cerca de R$ 4 mil. Este é um valor muito alto que o trabalho dos detentos pode ajudar a amortizar. Todos precisamos trabalhar em nossa sociedade. Por isso, vou cobrar do governo do Estado mais editais para que empresas possam se instalar nas unidades prisionais catarinenses”, enaltece Fernando Krelling.

O vice-presidente da Alesc salienta que no complexo prisional de Joinville há empresas de alimentos, calcetaria, reformas, tubos e conexões, parafusos, mangueiras, carrinhos de bebê e serralherias. “Mas tem espaço e muita força de trabalho para implementação de novas empresas, que com a força de trabalho destes internos, podem ajudar na economia catarinense e no processo de ressocialização dos detentos. Vamos insistir nesta tecla para que novas empresas se instalem nas unidades e gerem mais empregos e oportunidades aos reeducandos e que eles ajudem a custear os valores que o estado gasta com eles”, finaliza Fernando Krelling.

Hoje em Joinville são cerca de 2.700 detentos. Destes, 2.414 homens e 302 mulheres. O chefe de serviços da PIJ (Penitenciária Industrial de Joinville), Lucas Roeder, complementa que os internos que ainda não tiveram seus processos julgados, ficam no Presídio Masculino, atualmente com 1.391 internos. Já os que foram condenados, cumprem pena na PIJ (1.023).

Ele explicou ao deputado Fernando Krelling que apenas 40% deste total de reeducandos optam em trabalhar. Nestes casos, os detentos recebem um salário mínimo – que pode ser aumentado conforme o desenvolvimento das atividades laborais. “25% deste valor vai para o Fundo Rotativo ligado ao Estado que utiliza esses recursos para a manutenção, compras de equipamentos, e outras despesas do próprio sistema penitenciário. O restante fica com o apenado. Muitos levam estes recursos que saem da força de trabalho – pago pela iniciativa privada”. A cada três dias de trabalho, o interno tem redução de um dia de sua pena, completa Roeder.

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