Nem tudo que borbulha é champanhe

Nem tudo que borbulha é champanhe

 

Sommelier ensina a diferença entre champanhe, espumante, frisante e sidra

“Nas vitórias é merecido, nas derrotas é necessário”, já dizia Napoleão Bonaparte sobre a champanhe. A bebida, que é símbolo das comemorações é uma ótima pedida para o verão, porém muita gente não sabe a diferença entre a champanhe e outras bebidas borbulhantes.
Aliás, a própria champanhe foi criado por acaso, quando em 1668 o abade Dom Pierre Pérignon, que dá nome à bebida, percebeu que o vinho das uvas da região de Champagne desenvolvia uma fermentação secundária, que, em razão da colheita prematura, produzia pequenas bolhinhas.
Na época recomendava-se descartar a bebida, mas Dom Pérignon foi teimoso e resolveu favorecer e controlar essa fermentação secundária, aprisionando o gás carbônico na garrafa e conferindo vida ao champanhe.
A bebida costuma ser mais cara que as variações borbulhantes, como espumante, frisante ou sidra, mas independente da escolha da bebida, o importante é brindar o momento conforme o seu bolso permitir.
Quem explica a diferença entre estes tipos de bebida é a sommelier Malu Soares, que comanda a Delli Divinos, em Balneário Camboriú. Malu comenta que embora a espumante seja a bebida mais procurada na loja, muita gente tem dúvidas sobre as bebidas e qual servir em certas ocasiões.
Para elucidar a diferença entre elas a sommelier preparou um roteiro, pontuando as características que diferenciam champanhes, espumantes, frisante e sidras. Confira!

Champanhe
Champanhe é um vinho espumante como qualquer outro, feito com uvas fermentadas, porém o método de produção da Champagne é o champenoise, ou seja, a segunda fermentação é feita na garrafa e sua produção também obedece uma série de regras, umas delas é que somente as uvas chardonnay, pinot noir e pinot meunier podem ser utilizadas na fabricação. Sua qualidade se destaca, e não é à toa que uma garrafa pode chegar a custar milhares de dólares. Na Delli Divinos existem opções entre R$ 380 a três mil reais.
Qualquer outra parte do mundo pode produzir, e de fato produz, vinhos espumantes. No entanto, somente os que vêm da região de Champagne podem ser chamados assim e um bom champanhe harmoniza muito bem com todos os tipos de queijo, canapés, foie gras.

Espumante
É o vinho cujo gás carbônico se origina na segunda fermentação de um vinho base já fermentado e feita em tanques de inox. Isso quer dizer que não há adição artificial de gás. É sempre elaborado com uvas viníferas, ou seja, aquelas utilizadas para fazer os vinhos finos. O espumante possui uma grande variedade de rótulos, e isso influencia na hora de harmonizar a bebida. O método de produção, a variedade de uva e a quantidade de açúcar residual são alguns desses fatores que influenciam no processo de harmonização. Por ser, em geral, uma bebida fresca e elegante, o espumante casa muito bem acompanhando comidas leves e sutis. Os valores na loja variam entre R$ 26,00 a R$ 300,00.

Frisante
O vinho frisante possui um pouco de gaseificação, que pode ser tanto obtida pela fermentação ou adicionada depois de pronto. Possui entre 7 e 14% de teor alcoólico. O método de obtenção das bolhas, natural ou artificial deve ser informado no rótulo. Possui menos gás e menos espuma que o espumante. Garrafas na Delli Divinos partem de 26,00 reais.

Sidra
É a bebida preparada a partir da fermentação do suco da maçã. Nasceu na Europa, e ainda hoje é apreciada por lá e por aqui. A adega não trabalha com as sidras, mas é possível encontrá-las a por menos de dez reais no comércio da região.

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