Passo a passo para escolher e iniciar um plano de previdência

Passo a passo para escolher e iniciar um plano de previdência

Especialistas orientam sobre investimento considerado alternativa para complementar a aposentadoria e realizar sonhos materiais no longo prazo. 

Cerca de 11 milhões de brasileiros investem em um plano de previdência privada, segundo informação da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). Na avaliação de especialistas, o investimento é uma alternativa não só para complementar a aposentadoria, como também realizar sonhos materiais no longo prazo e, por isso, tem atraído cada vez mais investidores. 

No entanto, antes de contratar um plano de previdência privada, os interessados devem buscar informações sobre o produto. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), conhecer as principais características e a dinâmica de operação é o primeiro passo a ser seguido por quem deseja começar a investir.

A Anbima afirma que a orientação é válida para qualquer tipo de investimento, já que só assim é possível analisar se a aplicação é realmente compatível com os objetivos e o perfil do investidor. Além disso, a Associação ressalta que investir sempre implica riscos, por isso, a importância de compreender aspectos como rentabilidade, segurança e liquidez do investimento.

No caso da previdência privada, as regras variam de acordo com os planos. Por isso, a recomendação é, no primeiro momento, ler com atenção as ofertas feitas por bancos e seguradoras.

Calcule o valor de aportes mensais

A planejadora financeira Hellen Vidal alerta que a previdência privada é um investimento de longo prazo e, por isso, deve ser bem planejada, considerando os recursos financeiros disponíveis.

Ela explica que a fase em que o investidor realiza os aportes com frequência é chamada de período de acumulação. O dinheiro aplicado é direcionado para um fundo de investimento, com o objetivo de fazê-lo render. Já o momento do resgate, estabelecido em contrato, é conhecido como usufruto, quando o investidor tem acesso e pode usufruir do patrimônio.

Dessa forma, é importante que a simulação feita junto à instituição que oferta o plano de previdência privada seja fiel à realidade do investidor a fim de evitar que os aportes mensais prejudiquem o orçamento e causem um desequilíbrio financeiro durante a fase de acumulação.

Escolha entre VGBL e PGBL

Após a leitura das informações sobre previdência privada, o futuro investidor verá que há dois tipos de planos abertos: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). 

O segundo passo para investir é compreender a diferença entre eles para identificar qual é a opção mais atrativa. A planejadora financeira Lorena Pires informa que o VGBL é mais indicado para quem faz a declaração simplificada do Imposto de Renda, pois o tributo irá incidir apenas sobre o rendimento no momento do resgate.

Já o PGBL é indicado para quem faz a declaração completa, pois é possível deduzir o Imposto de Renda, que incide sobre o valor total investido.

Analise a gestão e as taxas

O dinheiro investido no plano de previdência privada é direcionado para um fundo de investimento, que pode reunir aplicações em renda fixa e renda variável, como explica a Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin).

Os fundos de investimento possuem gestão profissional e cobram taxas de administração, saída e performance. Antes de contratar um plano, a Abefin orienta analisar as informações sobre como é feita a gestão do fundo e quais são os valores cobrados.

Defina o modelo de tributação

Na hora de contratar o plano de previdência, o investidor também deve considerar o modelo de tributação. Há dois tipos de regime: progressivo e regressivo.

A planejadora financeira Lorena Pires esclarece que, no primeiro modelo, o Imposto de Renda a ser pago aumenta de acordo com a renda. Dessa forma, quanto maior o valor da retirada, maior o imposto devido.

Já no regime regressivo, o valor reduz com o passar do tempo, sendo uma alternativa para quem pretende fazer a retirada no longo prazo. As alíquotas variam de 35% a 10%.

Diversifique a carteira

A orientação de especialistas da área financeira é diversificar a carteira de investimentos como estratégia para diluir os riscos, ampliar o patrimônio e ter períodos diferentes de resgate. Para isso, também é válida a orientação da Anbima de estudar sobre outros tipos de investimentos.

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