Hospital Santa Inês será reaberto e terá 10 leitos de UTI para Covid

Hospital Santa Inês será reaberto e terá 10 leitos de UTI para Covid

O Hospital Santa Inês, de Balneário Camboriú, fechado desde 2016, será reaberto nos próximos dias para abrigar 10 novos leitos de UTI. O anúncio foi feito durante a sessão de quarta-feira (29) da Assembleia Legislativa.

“O prefeito Fabrício Oliveira, de Balneário Camboriú, e a Secretaria de Estado da Saúde (SES) assumiram o compromisso de reabrir as portas do Hospital Santa Inês, fechado em 2016, mas que tem uma estrutura fantástica, vai viabilizar 10 leitos de UTI por um período de três meses”, informou Paulinha (PDT).

A deputada agradeceu à família Gaia pelo empréstimo da estrutura física sem ônus para o estado e acrescentou que alguns empresários promoverão reparos para receber os leitos de UTIs.

“Uma ótima notícia, depois de dois meses de luta, correria e muito trabalho, vamos conquistar o grande sonho da reabertura do Hospital Santa Inês, uma parceria público privada (PPP) ajustada entre o estado, prefeitura e proprietários”, explicou Ivan Naatz (PL).

Kennedy Nunes (PSD) questionou o aumento do número de UTIs em Joinville e Ismael dos Santos (PSD) cobrou informações sobre a quantidade de novos leitos de terapia intensiva abertos em todo estado durante a pandemia.

“Dizem que aumentou 20 leitos, mas aumentou dois, mandar respirador e monitor para a cidade não é abrir leito”, ponderou Kennedy, que sugeriu que a SES credencie outros laboratórios para processar exames de Covid-19.

Coronel Mocellin (PSL) respondeu aos colegas e José Milton Scheffer (PP) anunciou que o Sul também será contemplado com novos leitos de UTIs.

“Mais de 700 novos leitos foram ativados, sou obrigado a confirmar que está sendo feito um trabalho sério”, garantiu Mocellin, reconhecendo em seguida que para abrir leito intensivo não basta ventilador e monitor, precisa contratar pessoal e do credenciamento junto ao Ministério da Saúde.

“O Sul do estado apresentou pleitos para aumentar os leitos de UTI. O secretário da Saúde, em reunião com os prefeitos, assumiu o compromisso de criar mais leitos de UTI em Araranguá, Criciúma e Tubarão. Em Araranguá já chegou um caminhão levando monitores, respiradores e camas”, revelou Scheffer.

Já Marcius Machado (PL) noticiou que a Justiça determinou que a SES ative leitos de UTIs na nova ala do Hospital Teresa Ramos, de Lages.

“O juiz da Comarca determinou que em dois dias (a SES) coloque em funcionamento nove leitos de UTI do Hospital Teresa Ramos, para que as pessoas possam ter respaldo”, informou Marcius, acrescentando que visitou a nova ala e constatou que vários setores estavam alagados com as últimas chuvas.

Reforma da previdência
Maurício Eskudlark (PL), relator do projeto de reforma da previdência que foi retirado da Casa pelo Executivo, avaliou que os servidores públicos não têm culpa pelo déficit da previdência.

“Não dá para culpar os servidores, mas também não adianta chorar e achar culpado, já que o governo retirou o projeto será uma oportunidade de buscarmos uma solução”, analisou Eskudlark, que relembrou os colegas que o Plenário autorizou o governo Colombo a gastar R$ 800 mi do fundo previdenciário dos servidores.

“Nunca vi ninguém dizer que a culpa é dos servidores, a culpa é do sistema, tem uma coisa que precede tudo isso, que é o orçamento, não adianta dizer que é justo, tem como arcar com isso? Tem dinheiro para isso? A questão não é merecer ou não. R$ 4,2 bi de déficit é maior que o investimento em saúde e segurança e que está indo para 70 mil servidores”, criticou Jessé Lopes (PSL).

“A Assembleia, por imensa maioria, ajudou muito o caixa aumentando a contribuição de 11% para 14%. A segunda contribuição é a expectativa de vida, Santa Catarina é o estado mais longevo do país, esse aumento do tempo de contribuição virá ajudar bastante, mas alguns ajustes são necessários para se fazer justiça com os servidores e o com Erário”, opinou Doutor Vicente Caropreso (PSDB).

“Qual deputado tem falado que a culpa é do servidor? A culpa é das regras, criaram um sistema insustentável, uma pirâmide que não se sustenta, o lado de cima está maior que o de baixo. A conta tem de fechar, a primeira análise é orçamentária, a retirada foi um desfecho muito ruim, mas diversas emendas foram incorporadas contra o espírito da reforma, que era economizar”, avaliou Bruno Souza (Novo).

“Pedi para que se retirasse a reforma para que o governo pudesse construir uma reforma decente, para se construir uma estabilidade na previdência. Toda e qualquer emenda precisa ser acompanhada de cálculos de curto, médio e longo prazos”, pontuou Milton Hobus (PSD).

“A reforma precisa ser feita com números, se questiona que não é 4,2 bi de déficit, que é menos, que é mais, mas isso precisa ser estancado, não é possível que o estado continue contribuindo com mais de R$ 4 bi com 70 mil aposentados e pensionistas”, concordou Moacir Sopelsa (MDB).

Avos 45 anos
Vicente Caropreso repercutiu a passagem de 45 anos de fundação da Associação de Voluntários de Saúde do Hospital Infantil Joana de Gusmão (Avos), de Florianópolis.

“A Avos está fazendo 45 anos, é uma das primeiras e mais importantes instituições de atendimento à criança hospitalizada. Conta com 90 voluntários e está presente em todas unidades do Hospital Infantil e na casa de apoio Vovó Gertrudes, onde ficam hospedadas as crianças com câncer”.

CPI dos Respiradores
Ivan Naatz, relator da CPI dos Respiradores, informou que o relatório final será apresentado no dia 20 de agosto.

“A CPI mostrou a importância da função fiscalizatória do Parlamento, que vai apontar as responsabilidades, narrar a história e mostrar aos catarinenses como se deu o desvio de recursos e quem permitiu que isso acontecesse. Dia 20 entregamos o relatório definitivo”.

TVAL na educação
Ada de Luca (MDB) apresentou sugestão para que a TVAL passe a produzir e  transmitir aulas para os estudantes da rede pública barriga verde.

“Apresentamos proposta que prevê disponibilização da estrutura física da TVAL para produção e veiculação de conteúdos educacionais na área de abrangência. É uma forma de equilíbrio no acesso, não podemos permitir que seja aumentado o abismo entre estudantes que podem pagar e estudantes que não podem pagar. A TVAL está presente nos 63 maiores municípios e é considerada referência nacional”, justificou Ada.

Taxação das grandes fortunas
Padre Pedro Baldissera (PT) defendeu a taxação das grandes fortunas e ressaltou que 42 brasileiros aumentaram suas fortunas em 44 bi de dólares durante a pandemia.

“Segundo o IBGE, entre março e maio 7,8 milhões de pessoas perderam o emprego e 522 mil micros e pequenas empresas fecharam as portas. O imposto sobre as grandes fortunas, bandeira que há muitos anos defendemos, só demonstra que a principal necessidade do Brasil para combater a miséria é a justiça tributária, se estabelecermos justiça na questão tributária, teremos diminuído enormemente as desigualdades sociais”, sustentou Padre Pedro.

Agências do INSS
Milton Hobus criticou o Ministério da Economia pela continuidade do fechamento das agências do INSS.

“O Ministério comete erro grosseiro ao não tratar as agências de necessidade essencial à população, se os bancos podem abrir, por que as agências do INSS não podem estar abertas? Estamos apresentando Moção para que o Ministério reveja a decisão”.

Economia em recuperação
Milton Hobus destacou o desempenho da economia catarinense, que voltou a crescer, apesar dos efeitos danosos da pandemia.

“No mês de junho fomos o único estado a ter números positivos no emprego, mais de 3 mil, isso se reflete na arrecadação, estamos praticamente voltando aos níveis de 2019. Isso mostra a pujança da nossa economia, a nossa diversidade econômica – agricultura, agronegócio, agroindústria, diversidade industrial – e quando se tem uma base econômica forte, essa base movimenta a economia. Vamos render homenagem ao povo de Santa Catarina.”

Emendas impositivas
José Milton Scheffer repercutiu o pagamento das emendas impositivas pelo Executivo estadual.

“As emendas impositivas atenderam demandas de instituições, hospitais e prefeituras, mas mais do que isso, é uma construção de muito tempo, começou com o Orçamento Regionalizado e que se consolidou a partir de 2017 com emenda à Constituição”, rememorou Scheffer.

Vítor Santos /AGÊNCIA AL

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